O Policial Militar Vinícius Coradim, acusado de matar o estudante Diogo Belentani, filho do então comandante do (CPI-10) Comando de Policiamento do Interior-10, coronel Armando Belentani Filho, vai a júri popular nesta quarta-feira (7).
O julgamento ocorre a partir das 9h no Fórum de Araçatuba. Devido a repercussão do caso, a segurança será reforçada e haverá distribuição de senha para quem quiser assistir ao júri, que deve terminar na noite de quarta ou até na madrugada de quinta-feira.
Serão ouvidas 10 testemunhas, cinco de defesa e cinco de acusação. Haverá o interrogatório do acusado e a explanação do Promotor de Justiça e de advogados de defesa do réu.
CHURRASCO E TRAGÉDIA
O caso aconteceu em 15 de julho de 2017 na casa de parentes de Coradim, na rua Baguaçu, durante um churrasco entre amigos. O tiro disparado por Vinícius acertou o peito de Diogo, que não resistiu.
A primeira audiência aconteceu dia 9 de janeiro. Na ocasião, mais de 15 testemunhas foram ouvidas em aproximadamente quatro horas.
Inicialmente, o réu alegou que o disparo foi acidental e aconteceu quando ele tentou tomar a arma da vítima. Mais tarde, após depoimentos de testemunhas, a Polícia Civil constatou que o policial estava tentando distorcer a versão original do fato.
O PM também admitiu que colocou a arma na mão do estudante quando ele estava caído. Apesar de ter confessado, ele manteve a versão de que o disparo aconteceu de forma acidental.
A defesa de Vinícius entrou com pedido de liberdade, mas o recurso foi negado. Ele permanece preso em um presídio militar, em São Paulo.
O PM será julgado por homicídio doloso, quando há a intenção de matar.