Materiais de candidatos filiados ao Partido dos Trabalhadores (PT) em Minas Gerais foram recolhidos na manhã desta sexta-feira (28) em Uberlândia. São cartazes e panfletos de quando Luiz Inácio Lula da Silva aparecia como candidato à Presidência pelo PT.
O ex-presidente está preso desde 7 de abril, cumprindo pena de 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso da Lava Jato envolvendo o triplex em Guarujá (SP). Ele teve o registro de candidatura rejeitado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No diretório municipal do partido, no Bairro Aparecida, foram recolhidas 36 caixas com material de campanha. O mandado de busca e apreensão foi cumprido pela Polícia Militar (PM) após determinação expedida pela Justiça Eleitoral. Confira abaixo o posicionamento do PT sobre o assunto.
A denúncia foi feita ao Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), em Belo Horizonte, e o mandado expedido pelo juiz eleitoral da 314ª Zona Eleitoral de Uberlândia, Ibrahim Fleury Madeira Filho.
O morador da cidade, Manuel Netto, registrou o momento em que os policiais retiravam caixas de dentro da sede do partido e colocavam na viatura.
Entre os materiais denunciados, estavam santinhos em que aparece a imagem de Lula como candidato à Presidência da República e o referido número, omitindo a substituição da candidatura do partido e configurando crime eleitoral.
A assessoria de comunicação do TRE informou que o processo judicial que motivou a expedição do mandado, até o cumprimento do mesmo, se encontrava sob sigilo e por isso não foram informados mais detalhes. Além das caixas contendo panfletos, foram apreendidos no diretório 17 bandeiras, um banner e uma placa. O material apreendido ficará retido na Justiça Eleitoral.
Esclarecimento
Confira na íntegra a nota de esclarecimento enviada pelo diretório estadual do PT:
“Em relação ao cumprimento, pela Justiça Eleitoral, da ordem judicial de busca e apreensão do material de propaganda eleitoral no Diretório Municipal do PT, em Uberlândia, na manhã desta sexta-feira, dia 28 de Setembro, o Diretório do Partido dos Trabalhadores de Minas Gerais esclarece:
São fatos públicos que, até o dia 1º de setembro, Lula era o candidato do PT à Presidência da República. Esta condição permitia ampla propaganda eleitoral com seu nome. Desta forma, candidatos aliados poderiam, como fizeram, difundir seus materiais com nome, foto e número dele.
Ademais, estes materiais certamente foram encomendados antes do período referido, o que justifica a existência de eventuais remanescentes.
O PT informa, ainda, que tem expedido orientações a todos os seus candidatos para que fiquem atentos à determinação judicial acerca da cessação e recolhimento de eventuais sobras desses materiais.s desses materiais”.