Promotores de Justiça Criminais de Araçatuba ofereceram, nesta segunda-feira (27), denúncia contra 15 pessoas pela prática de crimes de latrocínio consumados, dois latrocínios tentados, incêndio e explosão.
Já outras três pessoas foram denunciadas pelos mesmos crimes, além de associação criminosa. De todos os denunciados, 14 já se encontram presos preventivamente, enquanto quatro continuam sendo procurados, segundo o Ministério Público.
No início da madrugada do dia 16 de outubro de 2017, criminosos fortemente armados exerceram grave ameaça e violência contra pessoas com o objetivo de subtrair valores da empresa Protege, em Araçatuba, onde três vigilantes estavam em serviço.
Na ocasião, os acusados provocaram três explosões que danificaram o imóvel onde estava instalada a base operacional da Protege e tiveram acesso à área em que ficavam os cofres.
Os membros do MPSP destacam que as explosões colocaram em perigo a vida, a saúde e o patrimônio de um número indeterminado de pessoas (moradores vizinhos, pedestres e demais usuários de vias públicas situadas ao redor da Protege).
Perícias, inclusive, constataram que nove imóveis situados na Rua Marcondes Salgado e dois na Rua Dona Ida sofreram danos. Além disso automóveis estacionados nas proximidades também foram avariados.
Na ocasião, os criminosos se apossaram de quase R$ 8 milhões em espécie e cerca de R$ 162 em cheques de terceiros.
Enquanto o roubo era realizado, parte do grupo atacou o quartel da Polícia Militar em Araçatuba, impedindo que os policiais militares saíssem para evitar o crime praticado contra a empresa.
Para dar respaldo aos comparsas que explodiram a base da empresa de valores, integrantes do bando se posicionaram em pontos estratégicos nas imediações, atirando a esmo contra veículos que passavam.
Passageiros de automóveis que trafegavam pelo local chegaram a ser atingidos, e sobreviveram. Contudo, o policial civil André Luís Ferro da Silva, que estava à paisana, teve seu veículo atingido por um disparo de fuzil.
Cercado e rendido, o policial entregou sua arma aos criminosos, mas foi atingido por três disparos à queima-roupa quando integrantes do grupo o identificaram como policial. Silva faleceu antes de receber atendimento médico.
A ação dos denunciados envolveu ainda a subtração de veículos usados tanto durante o ataque à Protege quanto para bloquear rodovias de acesso à Araçatuba, impedindo a passagem de reforço policial de outras cidades.
As penas referentes aos crimes praticados pelo grupo vão de um ano e seis meses a 30 anos de reclusão. Os promotores vão falar sobre as denúncias, em coletiva à imprensa marcada para às 17h de hoje (28), na sede no MP de Araçatuba.
Leia mais sobre o assalto:
https://www.rp10.com.br/2017/10/16/bandidos-assaltam-protege-matam-policial-e-atacam-quartel-da-pm-em-aracatuba/
https://www.rp10.com.br/2018/06/29/video-mostra-prisao-de-comerciante-responsavel-por-tracar-rotas-de-fuga-no-roubo-da-protege/