Na última segunda-feira (20/8), o juiz Adílson Vagner Ballotti, de Jales, recebeu a denúncia oferecida pelo promotor de Justiça Horival Marques de Freitas Júnior sobre um forte esquema de corrupção enraizado na cidade.
De acordo com o MPSP, no período de 22 de abril de 2016 a 31 de julho de 2018, Érica Cristina Carpi Oliveira, Roberto Santos Oliveira, Simone Paula Carpi Brandt e Marlon Fernando Brandt dos Santos constituíram e integraram organização criminosa que se dedicou à prática de peculato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
Na denúncia, o promotor destaca ainda que Érica Cristina era servidora pública municipal, responsável pela tesouraria da Prefeitura de Jales desde 2005, o que lhe conferia acesso amplo e direto aos recursos financeiros pertencentes ao município. Em 10 de julho de 2017, foi alçada ao cargo de diretora financeira.
A organização criminosa, para viabilizar suas atividades e dissimular o lucro criminoso, procedeu à criação de três estabelecimentos comerciais, registrados em nome de Roberto, através das quais puderam captar grande parte dos ativos municipais desviados, propiciando, assim, a ocultação e posterior desfrute do proveito criminoso.
Na peça acusatória, com a finalidade de conferir maior eficácia ao processo penal, o promotor ainda requereu a imposição de reparação integral dos danos causados ao erário (artigo 387 do CPP) e perda integral dos instrumentos, proveitos e produtos dos crimes cometidos (artigo 91 do Código Penal).