Pessoas não identificadas destruíram 11 postes de concreto e uma edícula de blocos que faziam parte das obras de instalação de um ecoponto em uma área pública na Vila Alba, zona norte de Araçatuba. A implantação destes pontos para descarte de materiais tem sido alvo de reclamação e rejeição por parte de moradores próximos aos locais.
De acordo com um funcionário da prefeitura, que registrou boletim de ocorrência, até sexta-feira equipes de obras tinham instalado os postes de concreto para fixação do alambrado para cercar a área, e construído uma edícula de blocos.
Durante o fim de semana não houve expediente e quando os funcionários chegaram nesta segunda-feira para dar continuidade ao trabalho, encontraram tudo destruído. A Polícia Civil vai investigar o caso.
Os ecopontos
O anúncio da construção de oito ecopontos foi feito no final de 2017 pelo prefeito Dilador Borges. Uma troca de terrenos entre a Prefeitura de Araçatuba e o empresário Silton Diniz, proprietário do supermercado Casa Diniz, resultou na construção de oito ecopontos em bairros do entorno da cidade, sem custo aos cofres públicos municipais.
A gratuidade do empreendimento para a prefeitura se explica pela diferença de preços entre os terrenos negociados na permuta e a contrapartida oferecida pelo empresário: um terreno com área total de 2.148 m², pertencente ao município, que localiza-se na rua Amazonas e é avaliado em R$1.288.800,00 (um milhão, duzentos e oitenta e oito mil e oitocentos reais) será trocado pela área pertencente ao empresário, localizada na rua Floriano Peixoto, ao valor de R$1.144.000,00 (um milhão, cento e quarenta e quatro mil reais). O valor maior do terreno municipal gera vantagem de R$144.500, além de ser anexo ao prédio do supermercado em questão, o que será propício a obras de ampliação já intencionadas pelo empresário.
Ao proposto soma-se a intenção de se construir oito ecopontos, de custo total de R$378.876,61 (trezentos e setenta e oito mil, oitocentos e setenta e seis reais e sessenta e um centavos), que o empresário propõe assumir como “contrapartida”. Nesta conta, a prefeitura tem em seu favor o valor de R$234.076,61, que deixará de sair dos cofres municipais em razão da iniciativa do supermercadista de assumir a construção dos espaços.
Os ecopontos estão inicialmente previstos para serem construídos nas seguintes localidades: Vila Alba, Vila Universo, Bairro Ivo Tozzi, Bairro Casa Nova, Bairro São José, Bairro Morada dos Nobres – Motocross, Bairro Vista Verde e Bairro Carazza.
Mais economia
Para o novo terreno, que será recebido na citada permuta, há a intenção de construção de um almoxarifado central, que concentrará os serviços de armazenamento e logística do atual depósito de fraldas, na rua Rio de Janeiro nº 300, e de outros dois almoxarifados, atualmente utilizados pela prefeitura e pelos quais são pagos R$6.390,23 mensais totais dos dois aluguéis (R$3.375 no número 44 da rua Mato Grosso e R$ 3.015,23 no número 60, da mesma rua), que somam R$76.682,76 anuais.