Denunciado pelo promotor de Justiça Christiano de Campos, Marin Moisés de Azevedo foi condenado nesta quinta-feira (28/6) pelo homicídio de sua própria filha, Michelli Azevedo de Paula, crime cometido em Indaiatuba. Submetido ao Tribunal do Júri, o réu foi sentenciado a 30 anos de prisão em regime inicial fechado, sem direito de apelar em liberdade.
Segundo o apurado, Azevedo havia se separado de Rosângela Galdino, mãe da vítima, mas não aceitava o fim do relacionamento. O homem acreditava que a ex-companheira estava mantendo uma união com outra pessoa, e que ela tinha o apoio dos filhos nesse suposto relacionamento.
Na véspera do crime, Azevedo foi até a casa da vítima e jantou com ela, “ocasião em que falou o tempo todo de Rosângela”, de acordo com a denúncia. Durante a refeição, o réu aparentou estar nervoso, reclamando do novo relacionamento que a ex-companheira estaria mantendo, e do fato de os filhos apoiarem a mãe.
Após ir até a casa de um amigo, Azevedo voltou à casa da vítima durante a madrugada e munido de uma arma de fogo. Ele entrou na residência sem anunciar sua chegada, foi até o quarto em que sua filha dormia ao lado de sua neta de 9 anos e, sem dar chance de defesa, disparou contra o rosto da filha.
Na sentença, o Judiciário destacou que, antes do crime, Azevedo ameaçava a ex-companheira dizendo que “ela iria chorar pelo resto da vida”