Um rapaz de 23 anos, preso em Araçatuba durante a operação Luz da Infância 2, desencadeada hoje (17) em todo o país, tinha cerca de 1.800 arquivos de pornografia envolvendo crianças e adolescentes no computador.
O indiciado por preso pelo GOE (Grupo de Operações Especiais) durante cumprimento de mandado de busca. Ele vinha sendo monitorado pelas autoridades devido ao grande número de arquivos baixados da internet envolvendo pedofilia.
O preso mora com os pais no bairro Taane Andraus e é solteiro, segundo os investigadores que o prenderam. Na delegacia, ele admitiu que baixava os vídeos “apenas para ficar olhando”, conforme relatou aos policiais.
O acusado usava um programa chamado BitTorrent para acessar e armazenar os arquivos.
O armazenamento de conteúdo pornográfico infantil pode resultar em pena de 1 a 4 anos. Caso seja confirmado o compartilhamento desses vídeos e imagens, a punição passa a ser de 3 a 6 anos de reclusão.
Durante a operação, outro mandado de busca foi cumprido em Araçatuba, mas não houve prisão.
132 presos
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou que mais de 1 milhão de arquivos (entre fotos, vídeos e outros documentos obtidos em ambientes virtuais) com conteúdos relacionados a crimes de abuso sexual de crianças e adolescentes foram analisados antes da deflagração da Operação Luz na Infância 2.
Segundo ele, os 579 mandados de busca e apreensão resultaram em 132 prisões em flagrante. A operação é realizada em 284 cidades, abrangendo o Distrito Federal e mais 24 estados.
O coordenador do Laboratório de Inteligência Cibernética do Ministério Extraordinário da Segurança Pública, Alessandro Barreto, disse que a operação tem como foco encontrar pessoas que tenham grande quantidade de material.
“Só uma pessoa na Região Sudeste foi encontrada com mais de 200 mil arquivos desse tipo”, disse Barreto. A pessoa encontrada com o menor número de documentos tinha, sozinha, 150 arquivos.