O Infosiga SP, sistema do Governo de São Paulo que divulga mensalmente dados sobre acidentes de trânsito no Estado, revela que o número de óbitos foi menor no primeiro trimestre deste ano. Entre janeiro e março, as fatalidades reduziram em -7,1%, passando de 1.298 para 1.206 ocorrências. Em março, foram 445 óbitos contra 473 no mesmo período do ano passado (-5,9%).
“A segurança no trânsito é uma prioridade do Governo do Estado e entrou definitivamente na pauta das prefeituras. Há ainda muito trabalho a fazer, mas os índices já são resultado de uma maior mobilização de toda sociedade. Somente a união de esforços pode tornar nosso trânsito mais humano e seguro”, afirma a coordenadora do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito, Silvia Lisboa.
Nas vias municipais, a redução foi mais acentuada. Ruas e avenidas somaram 581 óbitos no primeiro trimestre, redução de 11,4% (656 casos em 2017). Já nas rodovias que cortam o Estado, foram registradas 512 fatalidades, redução de 3,6% (531 casos no mesmo período do ano passado).
Motociclistas ainda lideram as estatísticas, mas houve redução de 6,8% entre janeiro e março (412 óbitos contra 442 em 2017). Redução significativa também entre pedestres: -10,6% (337 fatalidades contra 377 no ano passado). Ocupantes de automóveis aparecem na terceira posição, com redução de 0,7% (275 óbitos contra 277).
Já entre os ciclistas, houve aumento de casos no Estado. O Infosiga SP registrou 13 óbitos a mais entre janeiro e março, o que representa aumento de 17,8% (86 ocorrências contra 73). A prevenção de acidentes envolvendo bicicletas é um dos focos de trabalho do Movimento Paulista.
“Vários fatores contribuem para esse dado, entre eles o aumento do número de ciclistas nas cidades”, explica Silvia Lisboa. “Temos atuado junto aos municípios e contemplado projetos que favorecem esse grupo, incluindo a construção de ciclovias e melhorias na sinalização. Mas é fundamental que os demais atores do trânsito tenham mais cuidado com o ciclista, que merece sempre nosso respeito e atenção”, ressalta.
Projetos
O Movimento Paulista de Segurança no Trânsito atua hoje em mais de 100 municípios paulistas que, juntos, concentram 78% da população do Estado e 69% das fatalidades causadas por acidentes. Um dos principais instrumentos de apoio do Governo é a assinatura de convênios por meio do Detran.SP.
Entre os municípios que assinaram convênios e protocolos de intenção com o programa, a redução no número de fatalidades foi significativa: -9,7%. “Cada cidade está em uma fase diferente nos projetos, alguns já executados e outros em definição, mas em comum temos a segurança viária como prioridade. Os municípios estão engajados na missão de salvar vidas no trânsito”, destaca a coordenadora do Movimento Paulista.
O programa destina no total R$ 110,5 milhões para obras de melhoria viária e ações de educação para o trânsito. Até o momento, mais de 7,5 mil projetos são viabilizados pelo recurso proveniente de multas aplicadas pelo Detran.SP. “Os convênios prevêem obras como construção de acessos e ciclovias, instalação de lombofaixas e melhorias na sinalização, entre outras intervenções. Também investimos na conscientização de crianças, jovens e adultos. A educação é a base para mudarmos o comportamento das pessoas, principal fator de risco no trânsito”, explica o presidente do Detran.SP, Maxwell Vieira.
Sobre o Movimento Paulista de Segurança no Trânsito
Programa do Governo do Estado de São Paulo, tem como principal objetivo reduzir pela metade os óbitos no trânsito no Estado até 2020.
Inspirado na “Década de Ação pela Segurança no Trânsito”, estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para o período de 2011 a 2020, o comitê gestor do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito é coordenado pela Secretaria de Governo e composto por mais nove secretarias de Estado: Casa Civil, Segurança Pública, Logística e Transportes, Saúde, Direitos da Pessoa com Deficiência, Educação, Transportes Metropolitanos, Planejamento e Gestão, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação.
As secretarias são responsáveis por construir um conjunto de políticas públicas para redução de vítimas de acidentes de trânsito no Estado.
O Movimento Paulista de Segurança no Trânsito envolve também a sociedade civil com o apoio de empresas – Abraciclo, Ambev, Arteris, Banco Itaú, CNseg, ProSimulador e Raízen – e terceiro setor – Together for SaferRoads (TSR), ONG Criança Segura, Vital Strategies e Fundação Volkswagen – e do Centro de Liderança Pública (CLP).