Milhares de pessoas pedem neste sábado (24) o endurecimento do controle de armas nos Estados Unidos. Os atos, chamados de “Marcha pelas nossas vidas”, ocorrem em todos os estados do país e também no exterior. A estimativa é que cerca de 1 milhão de pessoas tenham participado das manifestações.
Em São Paulo, houve ato em frente ao Consulado dos Estados Unidos, no bairro Chácara Santo Antônio, na Zona Sul. “Proteja as crianças, e não as armas”, “Não atire” e “Eu sou o próximo?” eram algumas das frases escritas nos cartazes.
O movimento ganhou força com a tragédia que matou 17 pessoas em uma escola em Parkland, na Flórida, em fevereiro deste ano. O atirador era um ex-aluno de 19 anos que tinha um rifle AR-15.
Em fevereiro deste ano, os sobreviventes da tragédia chegaram a pedir que os turistas boicotem a Flórida até que o estado aprove leis mais rígidas para o controle de armas. O governador da Flórida, Rick Scott, sancionou neste mês uma lei que aumenta a idade mínima exigida para a venda de rifles, entre outros.
Estudantes também falaram sobre como é o treinamento dado nas escolas para agir em caso de ataques. Uma delas comentou que os treinos são realizados todos os meses.
Uma outra estudante afirmou que as práticas foram sendo aprimoradas. No início, eram dadas instruções sobre como os estudantes deveriam se esconder. Depois, como proteger portas e janelas das classes. Por fim, o treinamento pedia que os alunos conseguissem pegar materiais para jogar no possível agressor.
Segundo informações da AFP, a “Marcha pelas nossas vidas” pede a proibição da comercialização de fuzis de assalto, da venda livre de carregadores para armas semiautomáticas e o reforço dos controles de antecedentes das pessoas interessadas em comprar armas.
Os atos tiveram a adesão de pessoas famosas, como o músico Paul McCartney, que lembrou em Nova York a letalidade das armas. “Um dos meus melhores amigos foi vítima da violência com arma de fogo perto daqui”, declarou McCartney, em referência ao assassinato a tiros de John Lennon, em 1980.