Um policial militar atirou na mulher e depois se matou em um apartamento de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, na manhã desta quarta-feira (14). A filha do casal, de 10 anos, ficou ferida.
Ainda de acordo com a PM, a criança de dez anos saiu na rua chorando e gritando dizendo que os pais tinham sido baleados no apartamento que fica no condomínio Estrada de São Francisco, no Jardim Três Marias. A criança estava ferida no rosto e foi levada a um hospital, onde deve passar por cirurgia.
Por volta das 8h, a preícia chegou ao local. Há carros da PM, Bombeiros, Guarda Municipal e ambulâncias no condomínio.
Segundo os vizinhos, a família vivia no condomínio há, pelo menos, quatro anos e que “eram tranquilos”. Os próprios moradores prestaram os primeiros socorros à menina, que estava muito ensanguentada e em choque.
Feminicídios
Um estudo feito pelo Ministério Público revela que 45% dos casos de feminicídio no estado de São Paulo ocorrem por separação ou pedido de separação. O levantamento “Raio X do Feminicídio” mapeou onde, quando e por que esses crimes acontecem.
Feminicídio é o termo usado para o assassinato de mulheres por causa do gênero – ou seja, a mulher é morta, geralmente pelo namorado, marido ou ex-companheiro, por ser mulher e não conseguir se defender.
Segundo o “Raio-X do Feminicídio”, em São Paulo 45% dos crimes ocorreram por separação ou pedido de separação, 30% por ciúmes ou posse e 17% em meio a uma discussão.
A pesquisa feita pelo Núcleo de Gênero do Ministério Público analisou 364 casos de feminicídio em 121 cidades no estado de São Paulo, incluindo tanto os casos em que as mulheres foram mortas pelos agressores, quanto aqueles em que elas sobreviveram, mas havia vontade dos agressores de matá-las.