Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta sexta-feira (02/03) mostram que a construção civil apresentou saldo positivo na contratação de trabalhadores. O setor, um dos mais atingidos desde o início da crise econômica, fechou positivo o mês em quase 15 mil novos postos de trabalho. Em Araçatuba (SP), a construção civil foi o segundo setor que mais empregou em janeiro (45 novas vagas), perdendo apenas para o setor de serviços (51 novas vagas) em janeiro.
Para o presidente do Sinduscon OESP (Sindicato das Indústrias da Construção Civil da Região Oeste do Estado de São Paulo), Aurélio Luiz de Oliveira Júnior, esses números, somados com outros indicadores positivos – taxa Selic em queda, PIB em elevação – são sinais de recuperação da economia.
Tanto é assim que, na terceira edição do Feirão do Emprego, realizado na cidade na semana passada, o setor foi um dos que ofereceram maior quantidade de vagas. Somente na cidade de Birigui, segundo maior município da região, o PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador) tinha 50 vagas disponíveis. De um total de 53 que estavam à disposição.
Cenário positivo
No entendimento do líder classista, se o emprego está em alta, a renda cresce e a confiança no futuro é boa, o mercado imobiliário tende a se aquecer. Tanto que, conforme o Caged apontou, a maior parte dos postos de trabalho abertos em janeiro está no segmento de construção de edifícios.
“Se tudo der certo, 2018 pode ser o fim de um ciclo de três anos de queda na venda e financiamento de imóveis”, afirma Oliveira Júnior. Ele mantém as avaliações otimistas que vem fazendo desde o final de 2017, de que o momento atual é favorável para o setor. “Estamos confiantes que este será um bom ano para a construção civil, com retomada da atividade e do emprego”, comenta.
Crescimento
Segundo o Caged, janeiro de 2018 fechou um ciclo de três anos seguidos com demissões superando o número de contratações. No levantamento divulgado hoje, houve a criação de 77,8 mil novas vagas, o melhor resultado para o período desde 2012. O crescimento foi puxado principalmente pela indústria da transformação e pelo setor de serviços, que juntos abriram 96 mil postos de trabalho com carteira assinada, no primeiro mês do ano.