O vice-prefeito de Valparaíso, Lúcio de Lima (MDB) tomou posse como prefeito durante sessão na tarde desta quinta-feira. O prefeito Roni Ferrareze foi cassado pela Câmara por oito votos contra três na última sexta-feira (23), após denúncia feita pelo ex-secretário e ex-aliado, o empresário Edson Jardim Rosa, o Edinho.
Ferrareze havia sido denunciado por Edinho, conforme reportagem publicada com exclusividade pelo REGIONALPRESS, no dia da denúncia, em novembro do ano passado.
Edinho protocolou a denúncia no Legislativo, junto a um arquivo com gravações de áudio, onde ele afirma que havia sido convidado a fazer parte de um esquema para supostamente fraudar licitações visando lucros próprios a ele, ao prefeito e ao então chefe de gabinete, Gustavo Tonani.
Uma comissão composta pelos vereadores Alexandre Pereira, o Xandy, Gugu Euripedes Alvarez e José Carlos Pereira, estava trabalhando para apurar as denúncias. O relator, Xandy, contou à reportagem do REGIONALPRESS que por dois votos a um a comissão decidiu pela cassação do prefeito. Apenas o vereador José Carlos foi contra.
Agora, só caberá recurso judicialmente e Ferrareze só retornará ao comando do executivo se conseguir uma decisão por liminar. Ele informou que ainda está analisando o que irá fazer.
Xandy havia revelado ao REGIONALPRESS que durante os trabalhos da comissão, as quatro pessoas que aparecem nas gravações apresentadas pelo denunciante foram interrogadas, e apresentaram versões contraditórias a respeito da denúncia.
São elas o prefeito, o próprio denunciante, o então chefe de gabinete Gustavo Tonani e uma funcionária do departamento de compras da prefeitura, identificada no áudio com Val.
ENTENDA O CASO
O ex-secretário Edinho protocolou a denúncia no Legislativo, junto a um arquivo com gravações de áudio, onde ele afirma que havia sido convidado a fazer parte de um esquema para supostamente fraudar licitações visando lucros próprios a ele, o prefeito e o chefe de gabinete, Gustavo Tonani, que já não trabalha mais na prefeitura.
Na ocasião, o prefeito disse que os áudios entregues não estariam na íntegra, e que houve uma forma errônea de interpretação, sendo que uma das afirmações que ele menciona, seria pelo fato de Edinho não estar satisfeito no cargo que ocupava, e como empresário, ele poderia ter mais rentabilidade frente aos seus negócios do que na prefeitura, mas que em nenhum momento a alegação foi com relação a fraudes em processos licitatórios ou algo parecido, como fora mencionado.
O caso ganhou muita repercussão na cidade após divulgação nas redes sociais, dos áudios gravados por Edinho, durante conversas com o prefeito, o chefe de gabinete e até com uma funcionária da prefeitura, onde, de acordo com a denúncia, é sugerido a ele participar de esquema para fraudar licitações.