Seis pessoas foram presas e duas são consideradas foragidas numa operação feita pela Polícia Federal nesta quarta-feira (21) para combater crimes virtuais. A quadrilha de hackers teria desviado R$ 10 milhões e feito lavagem de dinheiro usando empresas de fachada e moedas virtuais. Segundo as investigações, o grupo usava programas para acessar os computadores das vítimas com o objetivo de fazer diversas transações bancárias.
Um dos alvos foi capturado na quadra 507 Sul, em Palmas. Ele é William Maciel Silva, suspeito de chefiar uma quadrilha de hackers que atua no Brasil e que mantinha conexões com criminosos cibernéticos do leste europeu. Por telefone, o advogado Carlos Gomes de Matos Júnior, advogado de defesa do preso, informou que está tomando conhecimento do teor das denúncias para depois se posicionar.
A operação é realizada no Tocantins e em outros três estados: Pernambuco, São Paulo e Goiás. Mais de 100 policiais federais estão nas ruas e cumprem 43 mandados nos quatro estados, sendo sete de prisões preventivas, um de prisão temporária, 11 de intimações e 24 de busca e apreensão.
Conforme a PF, a quadrilha realizava pagamentos, transferências e compras pela internet, burlando os mecanismos de segurança dos bancos, e gerando prejuízos de R$ 10 milhões só nos últimos nove meses.
Os membros da organização, segundo a polícia, têm alto padrão de vida e se utilizam de diversas empresas de fachada para movimentar e ocultar os valores desviados, investindo grande parte em moedas virtuais como a bitcoin, para fazer lavagem de dinheiro.
A Justiça determinou a indisponibilidade de bens e o bloqueio das contas bancárias dos investigados e também de moedas virtuais.
Conforme a PF, estão sendo intimadas pessoas com participação nas fraudes, inclusive empresários que teriam procurado criminosos para obter vantagem competitiva no mercado e receber descontos de cerca de 50% para quitar impostos, pagar contas e fazer contas, através de pagamentos feitos pela quadrilha.