O caso do pastor Alexandre de Souza e Silva, 47 anos, acusado de matar a pastora e ex-companheira Ailsa Regina Gonzaga, 40, ganhou mais um capítulo nessa sexta-feira (9). Ele foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás, que o acusa de feminicídio e ocultação de cadáver. O crime foi cometido em dezembro do ano passado.
A vítima, segundo informações do G1, ficou desaparecida durante dois meses. Ela foi vista pela última vez no dia 8 de novembro, quando saiu de casa para alugar um imóvel, em Goiânia.
A denúncia foi assinalada pelo promotor de Justiça Marcelo Franco de Assis Costa. De acordo com Costa, as condições em que o assassinato foi cometido comprovam “o desprezo do denunciado pela condição do sexo feminino, inclusive a violência em contexto amoroso familiar”.
No dia 28 de dezembro, o pastor foi preso na própria casa, em Águas Claras, no Distrito Federal, onde confessou o crime e revelou que abandonou o corpo da vítima na Zona Rual de Aragoiânia, na Grande Goiânia.
O pastor Alexandre Souza e Silva afirmou no dia 1º de janeiro deste ano que matou a pastora Ailsa Regina Gonzaga porque ela o estaria perseguindo e querendo reatar um relacionamento entre eles. Foragido da Justiça desde 2002 por crime de latrocínio – roubo seguido de morte -, ele diz que a mulher ameaçava entregá-lo.
“Ela ficava me perseguindo, também me denunciava para a polícia porque era foragido. No dia que a matei, ela entrou no assunto que tinha de viver com ela, falei que não gostava mais dela, e ela tentou me golpear”, disse ao G1.
O delegado responsável pelo caso, Valdemir Pereira, disse ao G1 não acreditar na versão. “Ele disse para a atual mulher dele: ‘Vou lá me vingar, matar aquela pessoa [pastora]’. Quando voltou, ele disse: ‘Me vinguei’. Ele tinha ódio da pastora”, detalhou.