A gasolina sai da refinaria por R$ 1,55. Mesmo assim, moradores de muitas cidades brasileiras encontram o combustível pelo valor médio de R$ 4,20 nos postos. Isso significa que os consumidores finais enchem o tanque por um preço quase três vezes maior.
A Petrobrás tornou estas informações públicas desde o dia 19 de fevereiro. O site da estatal também revela todos os insumos usados na fabricação da gasolina. De acordo com o site ‘Metrópoles’, as cifras assustadoras decorrem sobretudo do valor dos impostos.
Segundo os dados analisados pela reportagem, aproximadamente 45% do valor final da gasolina são referentes a encargos, sendo 29% deles estaduais.
O consumidor também arca com 27% em realização da Petrobras (ou seja, o valor definido pela petroleira, sem impostos ou tributação); 15% em distribuição e revenda; e 13% do etanol anidro.
De acordo com o professor de economia da UnB e economista-chefe do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Vítor Gomes, a existência de apenas um produtor do combustível no país é um “problema grave”.
“Não há concorrência, e ela coloca o preço que quiser. Além disso, o posto estabelece a margem de lucro dele. Isso somado aos impostos estaduais e federais”, explica.