O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, esteve na região neste sábado e participou, em Guararapes, de um encontro com representantes de prefeituras da região para apresentar o programa “Internet para todos”, do Governo Federal. O objetivo é garantir a conectividade em banda larga em mais de 40 mil locais do país que hoje estão isolados da maior rede mundial de comunicação, a internet.
Em entrevista coletiva à imprensa ele falou dos objetivos do programa, que está recebendo investimento de R$ 3 bilhões para proporcionar a conexão nesta primeira em mais de 300 municípios nos estados de São Paulo, Santa Catarina e Amazonas, por meio do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). (Veja vídeo)
Kassab veio à região onde já esteve vários vezes nos últimos anos e conhece muitas demandas pessoalmente, e também atendendo a um pedido informal do ex-prefeito Cido Sério, com quem mantém bom relacionamento desde a época em que era o chefe do Executivo. O encontro com prefeitos foi realizado no Lions Clube de Guararapes.
Kassab explicou que os municípios poderão disponibilizar a internet a um custo praticamente zero para a prefeitura, para que o sinal chegue em locais onde hoje não é disponibilizada a tecnologia, como na zona rural. Órgãos públicos, como unidades de saúde e escolas, existentes nestas comunidades, terão a internet a custo zero. Para os moradores, será cobrada uma pequena taxa mensal.
Para efetivar o convênio e viabilizar a implantação do sistema, agora dependerá de cada prefeito autorizar ou não a celebração do convênio com o Governo Federal. Kassab programa Internet para Todos é viabilizado pelo primeiro satélite brasileiro, lançado em 4 de maio ao custo de R$ 2,7 bilhões. O aparelho está estacionado a 36 mil quilômetros da Terra, na altura do Equador e tem vida útil de 18 anos.
De acordo com o ministro, o satélite geoestacionário permite a cobertura de todo o País, inclusive oceanos Atlântico e Pacífico, o que vai garantir sinal de internet até nas plataformas marítimas da Petrobrás. O equipamento permitirá o uso na defesa nacional (como no combate ao contrabando, tráfico de armas e drogas), educação (com sinal de internet para 34 mil escolas rurais, em cinco anos) e saúde (em 15 mil postos médicos em dois anos).