A família da suspeita de matar a vizinha, Érica Oliveira da Silva, de 24 anos, por causa de uma vaga de emprego, em Santos, no litoral de São Paulo, foi presa na noite de quarta-feira (24). O pai, o marido e a madrasta da autora do crime, Angélica Cruz, 27, tiveram a prisão preventiva decretada por homicídio e duas tentativas de homicídio contra as irmãs de Érica, Débora, de 22 anos, e Danielle, de 29.
Após investigação, o delegado responsável pelo caso, Marcos Alexandre Alfino, decidiu prender o pai de Angélica, Francisco de Assis da Cruz, 48, que negou ter cometido o crime, o marido, Ronaldo Pereira dos Santos, 23, e a madrasta, Solange Cristina da Luz Cruz, 40. “Ouvimos as sobreviventes e testemunhas do crime e concluímos o envolvimento deles. Angélica e Ronaldo esfaquearam, enquanto Francisco e Solange seguraram as vítimas”, disse o delegado, ao G1.
Um parente da família presa se pronunciou sobre o caso e disse que as reais vítimas do crime estão atrás das grades. “A polícia não entendeu que a Érica e a família dela vieram atacá-los. Eles invadiram a casa do meu irmão, e a Angélica foi atacada por quatro pessoas. Meu irmão, a mulher dele e o marido da minha sobrinha entraram na confusão para protegê-la e defendê-la”, alega o irmão de Francisco, o aposentado Israel da Cruz, de 49 anos.
Nas redes sociais, Érica chegou a fazer postagens provocando a suspeita, na véspera do crime.”Está passando fome, meu bem? Me fala, que até cedo meu emprego pra você, já que está oferecendo até o corpo, que por sinal é um lixo. Aceita: quem nasceu para ser cachorro, morre latindo”, dizia a publicação.
Entenda o caso
Na noite do último dia 13, em Santos, no Litoral de São Paulo, Angélica desferiu golpes de faca contra Érica. Duas irmãs da vítima ainda foram atingidas. Momentos antes do crime, Érica, Rafaela e outras duas irmãs voltavam pra casa, quando foram abordadas pela autora do crime. A suspeita ficou foragida por quatro dias após cometer o crime.
“Ela estava desempregada e queria a vaga da minha irmã. Sempre que a Érica passava, elas se provocavam. Isso acontecia todos os dias”, explicou, em entrevista ao G1, a irmã da vítima Rafaela Oliveira da Silva