Dados divulgados pelo Centro de Referência da Mulher (CRM) “Josymary Aparecida Carranza”, de Araçatuba, apontam que em 2017 o órgão teve aumento nos registros de casos enquadrados na Lei Maria da Penha, em relação a 2016.
Nessas condições, o equipamento da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) atendeu, em 2016, 641 pessoas e, em 2017, foram realizados 817 atendimentos.
Entre as modalidades delituosas relacionadas à Lei Maria da Penha, foram registrados 448 casos de ameaça, seguidos de 310 registros de lesão corporal dolosa e 62 casos de calúnia, difamação e injúria.
A secretária da SMAS, Maria Cristina Domingues, destaca a importância de denunciar casos de violência física e psicológica contra a mulher.
“Quando se fala em agressão, não devemos pensar apenas em socos, tapas e chutes. Ela também se faz com palavras, atitudes e manipulações que ferem a dignidade. É preciso que fique claro que as atitudes são de truculência e violência, principalmente psicológica. Sempre é importante destacar que a lei Maria da Penha enquadra a tortura psicológica como violência doméstica”.
O CRM
O Centro de Referência da Mulher (CRM) “Josymary Aparecida Carranza” foi criado em Araçatuba em 2010, com o objetivo de acolher mulheres vítimas de violência e contribuir para que elas conquistem a autossuficiência e resgatem a autoestima. Localizado na rua Chiquita Fernandes, 615, no jardim Bandeiras, com capacidade de atendimento variada. Atualmente, o equipamento funciona das 8h às 17h.
Entre os serviços ofertados estão acolhimento, atendimento socioassistencial, atendimento psicológico, encaminhamentos e atendimentos em rede e orientação jurídica. Ainda há oficinas de reflexão e encaminhamentos para outros programas da Rede de Proteção Especial.
Também fazem parte do trabalho do CRM visitas domiciliares, palestras de divulgação e contatos interinstitucionais, entre outras ações.