Uma boa notícia para o trabalhador que ainda tem recurso do FGTS e busca a tão sonhada casa própria. Ele agora volta a ter mais chances de financiar um imóvel. A Caixa Econômica Federal retomou a linha de financiamento de imóveis Pró-Cotista para unidades de até R$ 1,5 milhão, com recursos do fundo.
Além disso, o banco restabeleceu o teto para financiar imóveis usados, de 50% para 70% do valor total. Esse mesmo patamar havia sido reduzido no fim de setembro do ano passado, o que dificultou a aquisição de imóveis para quem não possuía recursos próprios. Os juros são a partir de 7,85% ao ano.
Retomada
Para o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil da Região Oeste do Estado de São Paulo (Sinduscon OESP), Aurélio Luiz de Oliveira Júnior, o restabelecimento indica a retomada do mercado imobiliário. Para ele, o financiamento atenderá aos interesses da classe média, que busca um imóvel maior, e a oportunidade de deixar de pagar aluguel.
Ainda, de acordo com Oliveira Júnior, este é o momento para uma atuação mais forte no sentido de reverter o panorama negativo da economia. “Acreditamos que a demanda vai crescer em 2018, e as construtoras precisam estar preparadas para atender as necessidades do mercado”.
Números
Serão disponibilizados R$4 bilhões para a linha Pró-Cotista FGTS. É importante lembrar que apenas a Caixa e o Banco do Brasil oferecem essa modalidade de financiamento. A taxa de juros aplicada a quem não tem relacionamento com o banco é de 8,85% ao ano, na Caixa, e de 9% ao ano, no Banco do Brasil.
A Caixa informou que o empréstimo pode ser pago em até 30 anos, na aquisição de imóveis de até R$ 950 mil em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal. Nos demais estados o teto é de R$ 800 mil.
Porém, caso o comprador tenha relacionamento com a Caixa, os juros cobrados podem ser ainda menores e chegar a 7,85% ao ano. O prazo máximo de financiamento oferecido nos dois bancos é de até 360 meses.
Para ter acesso a essa linha de crédito é necessário ter contribuído ao FGTS por mais de três anos, consecutivos ou não. Caso o futuro mutuário se enquadre nessa exigência, a conta vinculada ao fundo deve estar ativa, ou seja, o trabalhador precisa ter emprego de carteira assinada e fazer contribuições mensais ao FGTS. Não há restrição com relação à renda familiar dos compradores, desde que o imóvel financiado não tenha valor maior que R$ 1,5 milhão.