Quando o assunto é a energia elétrica produzida a partir da luz do sol, surge logo uma dúvida: e quando o céu está nublado, os sistemas fotovoltaicos funcionam? O questionamento faz sentido, afinal de contas, o consumidor quer otimizar o investimento na instalação com o máximo de geração de energia possível.
A resposta é sim, como explica o diretor de uma empresa de Birigui (SP) especializada na instalação de sistemas fotovoltaicos, Newton Koeke. “Embora a insolação em dias nublados ou mesmo chuvosos seja menor, e naturalmente a carga de energia elétrica gerada, reduzida, muitas vezes ela é suficiente para manter funcionando os equipamentos instalados”, explica Koeke.
Na prática, mesmo em dias nublados e chuvosos, o sistema fotovoltaico pode manter vários aparelhos funcionando normalmente os principais eletrônicos e a iluminação de uma casa.
Ou seja, as nuvens diminuem a captação dos painéis fotovoltaicos, já que eles funcionam com base na irradiação do sol. Quanto mais escuro o céu, menor a geração. Em termos didáticos, para exemplificação, durante a noite não existe captação de energia, pois não há luminosidade suficiente para isso.
Como funciona
Para compreender como a irradiação solar impacta no desempenho do sistema fotovoltaico, é preciso entender como ele capta e converte a luz do sol em energia elétrica. As placas fotovoltaicas começam a operar logo nos primeiros momentos que a luz do dia surge e param após escurecer.
De acordo com Newton Koeke, grosso modo, os painéis fotovoltaicos são formados por células de silício (amorfo, policristalino e monocristalino), sendo esse semi-condutor utilizado de forma mais massiva. Há também as células de arsenieto de gálio utilizado em aplicações especiais sendo mais eficiente que criam um efeito fotovoltaico fazendo com que elas absorvam a energia do sol e gerem uma corrente elétrica. Os painéis solares convertem a energia solar em energia elétrica em corrente contínua e que conectados ao inversor transforma em corrente alternada comumente utilizadas nos eletrodomésticos, que é distribuída para o imóvel, reduzindo a quantidade de energia alternada adquirida da distribuidora.
Essa energia é exatamente igual à que chega pela rede da concessionária, graças ao inversor podendo ser usada em TVs, computadores, lâmpadas, chuveiros, motores elétricos, ou seja, em todo equipamento que usa energia elétrica e estiver conectado na tomada.
Koeke comenta também que, no caso de sistemas que contam com baterias para a acumulação de carga elétrica, em dias nublados ou chuvosos, esses dispositivos continuam a ser carregados, porém de forma mais lenta.
“Cada projeto deve ser dimensionado a partir de necessidade e do objetivo do consumidor, quer seja para uma casa, uma loja ou uma indústria. É preciso elaborar o projeto dar entrada na concessionária e instalar o sistema fotovoltaico para que ele gere a maior quantidade possível de energia, seja em dias de sol, nublados ou de chuva”, aonde a média do ano vai atingir o objetivo proposto conclui Koeke.