A Associação de Amparo ao Excepcional Ritinha Prates inaugurou hoje (19) sua oficina de de prótese e órtese. Para isso, a entidade investiu cerca de R$ 30 mil na adequação do espaço e compra de materiais. “Nós percebemos que há uma demanda de pacientes que, muitas vezes, não conseguem o equipamento. Essa oficina vem para suprir essa necessidade, que faz parte do nosso serviço: de atender a todos, oferecendo sempre uma melhor qualidade de vida”, disse Maria Aparecida Nascimento Xavier (Cida), presidente da instituição.
Antes, os pacientes atendidos pelo Centro Especializado em Reabilitação (CER) chegavam a fazer nove viagens a São José do Rio Preto para obter uma prótese ou órtese. “Essa oficina vai acabar com esse calvário”, completou Cida.
Hoje, conforme levantamento da associação, cerca de 100 pacientes aguardam por um equipamento, que pode custar até R$ 4 mil, quando adquirido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A oficina irá produzir as órteses e próteses de acordo com a demanda de pacientes que são atendidos pelo CER. Para isso, serão necessários dois técnicos ortopédicos, que já estão contratados. Por mês, somente na área de fisioterapia, o local presta 200 atendimentos.
Fábrica
A inauguração da oficina faz parte de um projeto maior da Ritinha Prates, que é a construção de uma fábrica própria. O local para a futura instalação já existe. Mas, para que a instituição inicie a construção do prédio e passe a operar, falta ainda o credenciamento da entidade junto ao Ministério da Saúde.
Antes disso, é necessário o cumprimento de uma série de etapas para que a entidade tenha o seu projeto aprovado e passe a receber uma verba de R$ 54 mil por mês para o custeio dos trabalhos. “Vamos trabalhar em conjunto com a Ritinha Prates para que este sonho, tão importante para a associação, Araçatuba e região, possa se concretizar”, disse a secretária municipal de Saúde, Carmen Silvia Guariente.
Ainda, segundo a secretária, obtendo o credenciamento, a associação pode pleitear um segundo serviço, a oficina móvel de órtese e prótese. De acordo com Carmen, essa oficina iria percorrer as cidades que compõem a região do DRS II (Departamento Regional de Saúde) prestando atendimento aos pacientes cadastrados. ”Para isso (obter a oficina móvel), é necessário, antes, conseguirmos a (oficina) fixa”, explicou Carmen.
Apoio
A vice-prefeita Edna Flor e o vereador Jaime José da Silva (Dr. Jaime) também participaram do evento. Além de reforçar o apoio do Executivo em ajudar a associação a conseguir o credenciamento, Edna Flor destacou a importância do trabalho que é praticado pela entidade. “A gente sabe o quanto é importante essa oficina para as famílias que precisam do equipamento. E o Ritinha sempre sai na frente, para mostrar que é possível”.
Importante
O funcionário municipal Alexandre Cândido Alves sabe o quanto essa oficina será importante. Sua mulher, Cecília Margareth do Rego Alves, teve poliomielite quando criança. Desde então, ela faz uso de uma órtese. Recentemente, o equipamento precisou passar por manutenção. “Fomos a Rio Preto umas dez vezes na tentativa de conseguir a manutenção necessária. Porém, não conseguimos. Hoje, ela usa um equipamento irregular. Agora, com a oficina do Ritinha Prates, tudo será muito melhor para nós”, afirmou Alves.
A Entidade
Sem fins lucrativos, a Associação de Amparo do Excepcional Ritinha Prates trabalha na área da saúde e inclusão social, por meio do Hospital Neurológico Ritinha Prates, que atende atualmente 60 pacientes internos com deficiências neurológicas severas e irreversíveis. A entidade também é a mantenedora do Centro Especializado em Reabilitação III – Ritinha Prates (CER III Ritinha Prates), que presta serviços nas áreas física, visual e auditiva. Entre os seus valores está o tratamento humanizado, além do respeito a conceitos éticos, morais, ambientais e filantrópicos.