A empresa de valores assaltada na segunda-feira (16) em Araçatuba (SP) fez um levantamento inicial e confirmou para a polícia que a quadrilha teria levado algo em torno de R$ 10 milhões da sede da empresa, segundo informações obtidas pela reportagem. O assalto terminou com a morte de um policial civil.
Depois do mega-assalto, a Protege chegou até a tirar o restante do dinheiro que ficou na empresa e levou para outra sede, mas não revelou a quantidade levada e nem para onde.
Mas não foi só a empresa que teve prejuízos. Algumas famílias que moram na região onde houve a explosão também estão sentindo no bolso, com carros e casas destruídos. Desde o dia do assalto, os moradores tentam consertar e reformar os imóveis.
Sem condições de continuar no imóvel que está interditado, a família do encarregado de manutenção Jaime Grillo passa a noite num hotel pago pela empresa e durante o dia, cuida do que restou.
“Eu mesmo estou tomando algumas providências, eu aluguei uma casa para colocar meus móveis, porque se chover vai molhar tudo”, afirma.
Até agora, pelo menos oito pessoas já registraram boletins de ocorrência por terem sido vítimas dos danos nas casas provocados pelo assalto.
Imagens
Câmeras de segurança de um imóvel registraram a ação da quadrilha. Cerca de 30 homens participaram do assalto, que deixou um policial civil morto e levou pânico aos moradores.
As imagens mostram criminosos ameaçando motoristas que passavam pela rua que fica entre a empresa e o quartel da Polícia Militar. Os homens estavam armados com fuzis, e usavam capacetes, coletes e máscaras. Ao verem a movimentação, alguns motoristas voltavam de ré. Outros que não percebem a ação criminosa foram recebidos a tiros na rua.
Os ladrões ainda atiram nos postes de iluminação e na câmera que registra a ação criminosa, mas não conseguem danificar o equipamento.
Após ameaçar os motoristas, os criminosos incendiaram dois veículos para impedir a saída dos policiais do quartel próximo à sede da empresa. Houve troca de tiros.
Parte da quadrilha foi, então, até a sede da Protege e explodiu o imóvel. Moradores do bairro relataram ao menos quatro explosões, que destruíram o prédio. O grupo ficou cerca de 40 minutos no local. Um dos cofres foi detonado, mas o valor levado não foi informado, nem pela empresa, nem pela polícia.
Até a manhã desta quinta-feira (19), ninguém havia sido preso.