A Polícia Civil realizou no dia 31 de Julho a segunda fase da Operação Gato de Botas, com o objetivo de combater as fraudes em relógios de registro de consumo de energia, os conhecidos gatos, que nada mais é do que o furto de energia. Desde o início da operação, mais de 60 pessoas foram detidas acusadas de manter a fraude em residências e estabelecimentos comerciais em diversas cidades da região. No entanto, o que vem chamando a atenção da Polícia, é o alto índice de registro de furto de relógios de energia.
A reportagem do RegionalPress apurou que a Polícia Civil chegou a registrar até cinco ocorrências em um único dia. No mês de agosto, pelo menos dois furtos eram registrados diariamente. Para a polícia, apesar de não ter como provar em um primeiro momento, há indícios de que essa prática pode ser uma forma de tentar eliminar provas de pessoas que poderiam estar com alguma fraude no sistema, e com medo de cair na operação, acabam sumindo com o relógio e registrando o boletim de ocorrência. No entanto, não pode-se dizer que isso ocorre em 100% dos casos.
O único fato que chamou a atenção da polícia, de acordo com um delegado que preferiu não se identificar, é que ninguém furta um relógio de energia, até mesmo porque não há uma destinação valiosa para um objeto como este. E após o anúncio da série de prisões e da continuidade da operação, foi possível observar o crescimento vertiginoso dos registros de ocorrência desta natureza.
No entanto, a Polícia Civil já está adotando uma regra para estes casos, que poderão entrar em uma linha investigativa. Apesar de o furto do equipamento não deixar rastros sobre uma possível fraude, a concessionária responsável pelo abastecimento de energia tem o registro com índices, estatísticas e comparativos do consumo de energia de cada cliente. A Polícia Civil ainda não revelou as condutas que estão sendo adotadas para estes casos.