Iniciativa do cardiologista Flávio Salatino reuniu cerca de 40 pessoas na igreja Santana, de Araçatuba
A segunda edição do projeto voluntário Farmácia Participativa, idealizado pelo cardiologista Flávio Salatino, foi realizada neste sábado (07), em uma das salas da igreja Santana, em Araçatuba (SP). O evento contou com uma palestra do médico sobre hipertensão arterial, e, ao final, com a distribuição gratuita de medicamentos aos cerca de 40 participantes. Para ter acesso às amostras coletadas por Salatino junto a médicos de diversas especialidades, os presentes tiveram que apresentar as devidas receitas válidas.
Apesar da chuva que caiu no momento do evento ter atrapalhado a participação do público convidado, o médico avalia positivamente a ação. “Independentemente do número de pessoas presentes, há interação, e tenho certeza que as informações compartilhadas na palestra são replicadas com conhecidos, amigos e familiares. Sempre vale a pena. Estou muito feliz com o projeto”, comentou Salatino.
De acordo com o cardiologista, a ideia da Farmácia Participativa surgiu da percepção de que se perde muita amostra grátis de medicamentos nos consultórios. “Noto essa situação no meu próprio consultório, e, conversando com outros profissionais, percebi que eles têm o mesmo problema”, explica. Partindo desse princípio, ele, que também é vereador no município, chegou a elaborar um projeto de Lei criando a Farmácia Participativa Municipal. Mas acabou retirando a proposta da pauta após orientação do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP), que enumerou impossibilidades técnicas e de ordem legal para que a prefeitura executasse a ação.
Para não deixar a ideia se perder, Salatino decidiu realizar o projeto por conta própria, voluntariamente. Contando com a ajuda de colegas de profissão, que doaram amostras grátis dentro do prazo de validade, ele faz contatos com líderes comunitários e religiosos para executar a ação. A primeira edição ocorreu no dia 2 de setembro, na igreja Comunidade Evangélica.
“A ideia é prestar um serviço à sociedade. Não faz sentido perder caixas e caixas de remédios nos consultórios, por vencimento de prazo de validade, com tanta gente precisando dessas medicações”, comenta Salatino. É importante ressaltar que não houve consulta médica nem prescrição de medicamento durante o evento. Também não foram distribuídas sobras de medicamentos, apenas amostras dos produtos. No total, foram arrecadados mais de 200 tipos de medicamentos.
O cardiologista pretende realizar uma edição do projeto a cada mês. O projeto não tem prazo para acabar. “Queremos percorrer todas as regiões da cidade, realizando palestras e distribuindo essas amostras. Na Comunidade Evangélica e na igreja Santana dispensamos apenas uma parte do que coletamos. Ou seja, teremos uma listagem maior ainda de medicamentos nas próximas edições. Espero que a população participe e agradeço a todos os parceiros por acreditar nessa iniciativa”, finalizou Salatino.