Em reunião realizada hoje, construtora e banco se comprometeram a resolver os problemas do bairro recém-inaugurado.
Depois de um vídeo do prefeito de Araçatuba (SP), Dilador Borges (PSDB), postado nas redes sociais, no qual ele reclama dos problemas encontrados no bairro Porto Real II, a Caixa Econômica Federal (que financiou a obra por meio do programa Minha Casa Minha Vida – MCMV) realizou hoje (03/08) uma reunião com representantes da administração municipal e da Lomy Engenharia, empresa que construiu o residencial.
Representantes do banco, da construtora e da administração municipal reuniram-se na agência central do banco em Araçatuba. Os secretários Tadeu Consoni (Planejamento Urbano e Habitação) e Manoel Afonso Filho (Governo e Comunicação) mantiveram o tom crítico e de cobrança dado pelo prefeito. Lembraram que, com 677 casas, o mais novo conjunto habitacional de Araçatuba foi entregue no dia 4 de abril deste ano, ou seja, há apenas quatro meses, e já nos dias seguintes à entrega apresentava uma série de problemas, segundo os próprios moradores, dentre eles o “esfarelamento” do asfalto.
Diante do tom duro dos secretários municipais, Caixa e Lomy prontificaram-se a tomar providências (listadas abaixo, na nota da prefeitura).
A assessoria de imprensa da Lomy não foi localizada para se manifestar sobre o caso.
Nota da prefeitura
No final da tarde, a Secretaria de Comunicação da prefeitura enviou uma nota à imprensa sobre o assunto. Veja o conteúdo:
“No último dia 25 de julho, o prefeito Dilador Borges esteve no residencial Porto Real 2 e ouviu reclamações dos moradores em relação à qualidade do asfalto e também sobre problemas recorrentes em algumas casas. Na oportunidade, ele chegou a gravar um vídeo para as redes sociais dizendo que a situação o ‘entristecia’.
O prefeito chegou a criticar a forma com a qual os novos conjuntos estão sendo feitos, ‘sem o mínimo de respeito ao dinheiro público, sem o mínimo respeito pelas pessoas que adquirem estas casas’. No vídeo, ele fez críticas e mostrou a notificação à construtora e à Caixa por causa dos problemas neste bairro e nos Águas Claras.
‘Fica aqui minha indignação e que também é a de vocês (moradores). Fica aqui o nosso repúdio’, disse ainda o prefeito no vídeo que está disponível em sua página no Facebook.
Nesta quinta-feira (03), a Prefeitura foi convidada a uma reunião com a construtora e com a direção da Caixa, na sede do banco.
A administração foi representada pelos secretários Tadeu Consoni (Planejamento Urbano e Habitação) e Manoel Afonso Filho (Governo). Da parte da prefeitura, foi reiterada a cobrança para que os problemas sejam resolvidos. Ficou acertado que a administração municipal irá cobrar as providências apontadas pelas partes.
Entre as providências a serem tomadas pela construtora e pelo banco é o atendimento dos pedidos dos moradores. Ambos irão disponibilizar um serviço de 0800 para que as reclamações sejam feitas formalmente.
‘O prefeito Dilador Borges quer que a gente acompanhe o desenvolvimento dos trabalhos. Vamos acompanhar principalmente a questão do asfalto. A empresa disse que já iniciou o processo de recape e estaremos juntos para garantir a qualidade’, destacou Consoni”.
As Casas
No dia da entrega do empreendimento, a Lomy distribuiu um release à imprensa dizendo que o projeto do Porto Real II segue parâmetros modernos e diferenciados dos primeiros empreendimentos do MCMV. Segundo a construtora, as casas têm 45 m2, com sala, cozinha, banheiro, dois quartos, área de serviço coberta e aquecedor solar. Em todo o imóvel há forro de PVC e piso frio. No banheiro e na cozinha há revestimento de um metro e meio de altura. Os terrenos têm, em média, 8 metros de frente por 23 metros de profundidade. A ligação do poste de energia elétrica para cada casa é subterrânea. Todas contam também com válvula de retenção que impede o refluxo do esgoto. Para permitir o acesso das Pessoas Com Deficiência (PCDs), em todas as esquinas as guias são rebaixadas, as portas das casas são largas, e os banheiros, amplos.
No entanto, como se viu após alguns dias da entrega e ainda se vê após alguns meses da inauguração do bairro, há muitos problemas que precisam ser resolvidos pela construtora. A prefeitura promete fazer a fiscalização. Os moradores do bairro agradecem.