O impasse em torno da licença para utilização do aterro sanitário para o depósito das 180 toneladas de lixo recolhidas diariamente em Araçatuba deixou alguns bairros sem a coleta nesta terça-feira.
A licença para utilização do aterro venceu na segunda-feira e até esta data não havia sido renovada.Ontem, no início da noite, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente autorizou que o município utilize temporariamente o aterro.
Algumas readequações terão de ser feitas para que o local, que está tecnicamente com a capacidade esgotada, possa ter uma sobrevida de pelo menos mais 4 meses.
Por conta do impasse, ontem os caminhões da empresa responsável pela coleta de lixo na cidade, saíram para a coleta e sem ter onde depositar o material recolhido, voltaram carregados para o pátio da empresa.
No início da noite chegou a confirmação de autorização para uso do aterro e a empresa voltou a operar. Os bairros que não tiveram a coleta realizada nesta terça-feira receberão as equipes apenas na quinta-feira, podendo ter um acúmulo de lixo.
Resolvido este impasse, que tinha caráter emergencial, a próxima etapa da Prefeitura é conseguir autorização para ampliação do aterro, com orçamento previsto em quase R$ 800 mil, e que daria um fôlego por pelo menos mais dois anos à destinação do lixo de Araçatuba.
Uma das dificuldades para autorização da ampliação envolve órgãos que regulamentam o espaço aéreo, já que atualmente existe uma legislação que não permite aterros em um raio de 20 quilômetros de aeroportos, em função da atração de aves, como urubu, que podem colocar em risco o espaço aéreo. O aterro sanitário de Araçatuba está dentro desta área delimitada pela aeronáutica.