A Polícia Civil realizou, nesta segunda-feira (24), uma operação para cumprir dezenas de mandados de busca e apreensão e de prisão em Araçatuba e região, contra pessoas acusadas de efetuar e também contratar serviços para fraudar o registro de consumo de energia elétrica.
Ao todo, 49 pessoas foram presas. Lacres de relógios de energia, cerca de R$ 210 mil em dinheiro e outros equipamentos também foram apreendidos.
A operação, denominada “Gato de botas II”, foi deflagrada visando reprimir furto de energia. Na região e em outras localidades estão sendo cumpridos centenas de mandados de buscas em residências comércios e empresas.
Os “gateiros” responsáveis pelas fraudes tiveram prisões decretadas. Os alvos das buscas podem ser presos em flagrante em caso de constatação das fraudes nos medidores de energia (furto de energia).
De acordo com o que foi apurado pela reportagem do Regional Press, o principal objetivo da ação é prender profissionais que atuam fazendo os chamados”gatos” e as pessoas que possuem sistema fraudulento em comércios e residências.
Os presos e produtos apreendidos foram levados para unidades policiais da região. De acordo com o delegado Marcelo Curi, eletricistas chegaram a lucrar R$ 7 mil por mês com o esquema de fraude. Os acusados cobravam uma porcentagem do que o contratante conseguia economizar com a fraude.
Por exemplo, uma conta de R$ 1000 poderia cair para R$ 200 por mês e os integrantes do esquema ficaram com uma pequena margem sobre o que era economizado todo o mês. Os chefes dos esquema seriam de Birigui e Lins.
Um empresário foi preso em Guararapes. Ele foi flagrado com adulteração no medidor de energia. O averiguado alegou desconhecer tal fraude. Porém, isso não impedirá dele responder criminalmente pelo fato, segundo a polícia. Após os procedimentos, o empresário foi encaminhado para a cadeia.
A polícia conseguiu desarticular a quadrilha por meio de grampos telefônicos realizados com autorização judicial. Os contratantes dos serviços também foram presos e vão responder por furto e associação criminosa, com pena de 3 a 10 anos de prisão.
Primeira Fase
A primeira fase da Operação Gato de Botas ocorreu em 2012 na região de Araçatuba. Onze pessoas presas durante a ação da Polícia Civil foram denunciadas pelo Ministério Público e processadas por associação criminosa e furto de energia elétrica.
A investigação apurou que os crimes foram cometidos em Araçatuba, Birigui, Bilac, Coroados, Ribeirão Preso, Rio Claro, Cafelândia, Lucélia, Araras, Barra Bonita, Igaraçu do Tietê, Itatiba e Limeira.
A polícia apurou que mesmo com a ação realizada em 2012, o esquema criminoso continuou sendo praticado, dando origem a investigação que culminou na operação desta segunda-feira.
*Matéria atualizada às 19h10