Visitantes tentam burlar a segurança e introduzir objetos proibidos durante visitas de fins de semana.
No último fim de semana (22 e 23 de julho), oito estabelecimentos prisionais subordinados a Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Oeste do Estado (Croeste) surpreenderam visitantes tentando driblar a segurança e inserir objetos ilícitos dentro dos estabelecimentos, sendo barradas durante os procedimentos de revista.
Vale lembrar que as pessoas flagradas tentando entrar com ilícitos nas unidades são excluídas do rol de visitas e levadas à Delegacia de Polícia mais próxima, sem prejuízo de responderem na esfera criminal. Também é instaurado Procedimento Disciplinar para apurar a cumplicidade dos presos que receberiam os materiais e, em alguns casos, Procedimentos de Apuração Preliminar para apurar supostas responsabilidades funcionais.
Sábado (22 de Julho)
Penitenciária de Flórida Paulista – Ao passar pelo detector de metais, a visitante cadastrada como companheira no rol de visitas do sentenciado F.S.F. ouviu o equipamento sinalizar positivamente para a presença de material metálico em seu corpo. Indagada, a mulher retirou voluntariamente de seu órgão genital um invólucro contendo dois aparelhos de telefonia móvel celular. Os aparelhos foram encaminhados à Delegacia de Polícia para providências e instaurado procedimento de Apuração Preliminar para apurar supostas responsabilidades funcionais, bem como, Sindicância Disciplinar para apurar a responsabilidade do sentenciado que receberia os objetos.
Penitenciária de Martinópolis – Durante os procedimentos de revista, objetos embalados em fita isolante começaram a cair do meio das pernas da visita F.G.B. Não tendo mais como esconder, a mulher disse que sabia apenas que se tratava de entorpecente, sem saber especificar de qual tipo, que pelas características, tratava-se de maconha. Após o fato, ela foi submetida ao detector de metais, o que fez com que o aparelho apitasse. Como negou portar mais algum objeto ilícito, foi conduzida pela polícia militar até a Santa Casa do município onde, na presença da médica, resolver retirar mais um invólucro do órgão genital que continha dois (02) mini aparelhos celulares e um extrato bancário. A visitante foi encaminhada à Delegacia de Polícia onde foi lavrado o Auto de Prisão em flagrante.
Penitenciária de Pracinha – Por volta das 9h da manhã, durante a entrada das visitas na unidade prisional, uma agente visualizou um objeto com aparência de preservativo na genitália da visitante C.R.S. durante os procedimentos de revista. Ao ser questionada, a mulher retirou do corpo um invólucro cilíndrico com aproximadamente 11 cm, contendo no seu interior uma substância esverdeada aparentando maconha. Diante da apreensão, a Polícia Civil foi acionada e conduziu a visita à delegacia, onde foi lavrado Boletim de Ocorrência, sendo dada voz de prisão em flagrante à mulher. Para apurar a cumplicidade do sentenciado, foi instaurado Procedimento Disciplinar, sendo o mesmo isolado preventivamente em cela disciplinar.
Penitenciária “João Batista de Santana” de Riolândia – Após passar pelo detector de metais, no momento da revista, S.I.S foi encaminhada à Delegacia de Polícia, pois trazia consigo um invólucro com um (01) aparelho microcelular, dois (02) fones de ouvido e aproximadamente dois (02) metros de fio introduzidos em sua genitália. Foram tomados os procedimentos de praxe e a mulher suspensa do rol de visitas.
Penitenciária de Valparaíso – A companheira do sentenciado A.S foi impedida de entrar na unidade prisional após os procedimentos de revista. Isso porque, ao passar pelo detector de metais, o aparelho acionou. Notando-se que havia algo errado, agentes solicitaram que a mulher trocasse de roupa a fim de passar a que estava sendo usada pelo Raio-X. Durante esse procedimento, o aparelho acusou a presença de material metálico na peça onde, após vistoria manual, foi constatado que se tratava de quatro (04) quatro fones de ouvido costurados por dentro da barra da calça. Questionada, ela disse ter emprestado a calça de uma mulher chamada Bianca. Foram tomadas as providências cabíveis.
Penitenciária “Luis Aparecido Fernandes” de Lavínia – Os agentes tiveram muito trabalho neste fim de semana na PII de Lavínia. Quatro visitas de sentenciados foram flagradas tentando burlar a segurança e levar celulares para dentro do presídio. Uma quinta mulher tentou entrar no local com um rolo de fio de estanho e três bastões de cola quente, mas tiveram suas tentativas frustradas pelo detector de metais e pelos agentes.
Centro de Detenção Provisória (CDP) de São José do Rio Preto – Ao sentar no detector de metais denominado “banquinho”, a visitante C.M.L.C ouviu o aparelho soar positivamente, o que também ocorreu quando ela passava por outro detector de metais. Assim, sem maiores objeções, a mulher confessou que trazia nas partes íntimas um aparelho celular sem bateria e sem chip e o entregou ao Agente de Segurança Penitenciária. Pouco tempo depois, o acontecido se repetiu com outra visita, porém, esta trazia uma porção de maconha e um fone de ouvido. A mulher confessou que vivia disso e que trouxe a droga a pedido do marido que cumpre pena no local.
Domingo (23 de julho)
Penitenciária Feminina de Tupi Paulista – Durante procedimento padrão de revista para entrada no presídio, por volta das 12h, a irmã da reeducanda E.M. foi surpreendida ao passar os pertences pelo aparelho de Raio-X, o qual detectou um chip escondido dentro de uma bíblia. O fato foi levado ao conhecimento da autoridade policial para procedimentos pertinentes e lavratura de Boletim de Ocorrência. A reeducanda foi encaminhada ao Pavilhão Disciplinar para procedimentos administrativos disciplinares.
Penitenciária de Martinópolis – Ao passar pelo aparelho detector de metais, a esposa do sentenciado M.B.F. ouviu o apito sonoro do aparelho. Após ser questionada, a mulher retirou do interior da genitália um embrulho contendo um aparelho celular. A autoridade policial do município foi comunicada para registro da ocorrência e apreensão do objeto.