A advogada Marcela Antunes Fortuna, suspeita de integrar o núcleo jurídico do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi expulsa do Paraguai nesta quarta-feira (3). De acordo com informações do site da revista Veja, o marido dela, Fernando Alves Oliveira, também foi expulso do país pelo Ministério do Interior.
Os dois foram detidos na terça (2), suspeitos de participarem do planejamento do assalto à transportadora de valores Prosegur, de onde um bando vinculado à facção levou US$ 11,7 milhões. Marcela seria responsável por planejar e encobrir a ação dos criminosos.
Marcela foi entregue à Polícia Federal em Foz do Iguaçu, na fronteira com Ciudad de Este. O Tribunal de Justiça de São Paulo tinha uma ordem de prisão preventiva desde dezembro, depois que a Operação Ethos desmantelou o núcleo de advogados da facção criminosa.
Segundo o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Presidente Prudente, Marcela ocupa posição na hierarquia intermediária da organização, abaixo do autointitulado diretor presidente da facção Valdeci Francisco Costa, o CI, preso em junho em uma operação na região de Campinas.
Acima deles estão apenas os principais líderes do PCC, todos presos, entre eles, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola.
A participação da advogada é descrita como de alta importância nas atividades da facção. Caberia a ela, segundo documentos apreendidos pelos investigadores, interagir diretamente com o diretor-presidente “levando dados e resultados do andamento operacional” do grupo.