Andreas von Richthofen, de 29 anos, irmão de Suzane von Richthofen, foi internado nesta terça-feira, 30, no Hospital do Campo Limpo, na zona sul de São Paulo, após ser abordado pulando um muro de um imóvel na região da Cracolândia, no centro.
Aparentemente em surto psicótico, ele foi levado ao hospital, onde acabou sendo internado. O paciente deve ser transferido ainda nesta terça para um hospital psiquiátrico.
Richthofen havia sido abordado por equipes de Saúde da Prefeitura no dia anterior. A ele, foi oferecido cuidados e tratamento médico, mas o paciente recusou. Richthofen estava frequentando a Cracolândia. O local era usado por ele como ponto de abastecimento, para compra de droga.
A região enfrentou uma operação policial no domingo, 21, quandos os dependentes se espalharam por outros pontos da região, criando “fluxos” paralelos, mas ainda assim adquirindo e consumindo drogas.
De acordo com o jornal O Globo, a médica que atendeu Andreas relatou que os sintomas eram condizentes com “abuso de substâncias ilícitas”. A reportagem relatou que, quando chegou ao hospital ele estava sujo, com os cabelos compridos e roupas em frangalhos e tinha múltiplos ferimentos pelo corpo, mas em nenhum deles precisou levar pontos.
O portal G1 publicou que o jovem teria contado à equipe médica ser usuário esporádico de álcool e maconha, mas afirmou que não consumiu nenhuma das substâncias recentemente.
Em 6 de março de 2015, Andreas falou pela primeira vez sobre o assassinato dos pais – a irmã, Suzane, e Daniel e Cristian Cravinhos foram condenados a 38 anos de prisão pelas mortes. Quando os pais Manfred e Marísia foram mortos na casa onde moravam, em 2002, Andreas tinha 15 anos.
Há dois anos já era formado em Farmácia e doutor em Química Orgânica pela Universidade de São Paulo (USP), continuava loiro, mas com cabelos e barba mais escuros.
Sobre os assassinatos, evitou expor como se sentia, resumindo a dizer que o caso era “nojento”. Ele disse que se sente ferido toda vez que a imprensa divulgava informação sobre a morte dos pais, sobre os assassinos Daniel e Cristian Cravinhos ou os desdobramentos do caso.
Por manter bom comportamento, Suzane, de 33 anos, obteve o benefício da saída temporária do Dia das Mães neste ano. Do lado de fora da Penitenciária Feminina Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé, no Vale do Paraíba, Suzane foi recebida com um abraço e um beijo do namorado. Foi a terceira saída temporária da condenada.