Dirigentes de sindicatos de trabalhadores de Araçatuba e região estiveram reunidos na manhã desta terça-feira (18) para organizar a manifestação do próximo dia 28, quando haverá protestos em todo o Brasil contra as reformas propostas pelo governo federal. Os líderes sindicais decidiram que a manifestação começará às 8h30 na Avenida dos Araçás, em frente à Havan, e percorrerá algumas ruas do Centro, passando pela Praça Rui Barbosa e terminando no ponto inicial. A reunião de ontem foi na sede do Sindicato dos Trabalhadores na Fabricação de Álcool (Sindalco).
Os representantes de 17 entidades de trabalhadores iniciarão na próxima terça-feira uma panfletagem de esclarecimento à população mostrando porque a propostas do governo (terceirização irrestrita de mão de obra e as reformas trabalhista, previdenciária e sindical) prejudicam os trabalhadores. Durante a panfletagem também será feito o chamamento para o dia nacional de luta contra as reformas. As entidades sindicais presentes se comprometeram a aderir à greve e não abrirão suas sedes no próximo dia 28.
Os panfletos reforçarão as críticas aos principais pontos da reforma trabalhista e terceirização irrestrita da mão de obra, como a precarização do trabalho, sucateamento dos salários, criação de subempregos e subsalários, fim dos direitos trabalhistas e sociais. Quanto à reforma da Previdência, os sindicalistas destacam as dificuldades que os trabalhadores terão para se aposentar e o fim das aposentadorias especiais (trabalhadores rurais, trabalho insalubre, pessoas com deficiência) e o estrangulamento das pensões.
Participaram da reunião sindicalistas representantes dos trabalhadores bancários, comerciários, rurais, hoteleiros, motoristas, gráficos, frentistas de postos, metalúrgicos, domésticas, professores estaduais, na construção civil, em escritórios, em processamento de dados, em condomínios, em transportadoras, nas indústrias de álcool e na saúde. Também estiveram no encontro representantes da Frente Nacional de Luta (FNL), ligada aos trabalhadores rurais sem terra. As 17 entidades presentes representam todas as centrais sindicais existentes no País.