Uma cena chamou a atenção nesta segunda-feira na avenida Prestes Maia. Agentes de trânsito tendo de empurrar uma viatura, modelo Gol, que parou e deixou os ocupantes a pé, por falta de manutenção e devido ao longo tempo de utilização, praticamente 15 anos. Na saúde a situação está ainda pior, conforme fotos recebidas esta semana pelo RegionalPress.
O vídeo que mostra três guardas que atuam como agentes de trânsito, empurrando um Gol, viralizou nas redes sociais nesta segunda-feira, e mostrou descontentamento de parte da categoria com relação a necessidade de utilizar veículos velhos e sem a devida manutenção. (Veja vídeo)
No caso do Gol, a informação é de que a Mobilidade Urbana está com apenas dois veículos, Gol, ano 2002, sendo que um deles é o que parou nesta segunda-feira, como mostra o vídeo. Sem ter uma opção para chamar um serviço de guincho, os ocupantes decidiram empurrar o veículo pela avenida Prestes Maia, até a Secretaria de Segurança Municipal.
A informação é de que existem ainda quatro motos ano 2008 fora de linha, devido à falta de manutenção. A reportagem apurou que parte da categoria está descontente, porque apesar de atuarem diariamente, inclusive gerando muita receita aos cofres públicos, não vêem um retorno para valorização do trabalho.
A reportagem do RegionalPress também recebeu denúncia de motoristas que atuam na área da Saúde, sobre a condição de trabalho precária, além de falta de manutenção que, segundo eles, pode comprometer o atendimento no Samu.
Um internauta flagrou na semana passada, uma ambulância desativada, sem condições de estar circulando, sendo utilizada para outros tipos de serviços. No entanto, o motorista estava dirigindo com pneus totalmente carecas, inclusive com os arames da estrutura a mostra, e uma das lanternas penduradas.
Ao ser questionado, o motorista informou à pessoa que fotografou, que apesar do risco, estava sendo obrigado a utilizar o veículo por sua chefia, já que não havia outro. Funcionários do setor reclamam ainda que as ambulâncias do Samu estão sem ar-condicionado, e segundo eles, isso pode comprometer a eficácia de alguns medicamentos transportados na viatura, devido a alta temperatura no interior do veículo, que ultrapassa os 45 graus.
Os motoristas ainda reclamam que atual administração cortou horas extras e algumas diárias, alegando contenção de despesas, mas não economizou nos cargos de confiança e gratificações. Um deles ainda reclamou que tem horas acumuladas para descontar, mas devida a falta de profissionais, não consegue descontar as horas trabalhadas a mais.
A reportagem encaminhou o caso para a assessoria de comunicação da prefeitura e aguarda uma resposta.