Setor foi na contramão do desemprego do País
Considerando todas as atividades econômicas, a geração de emprego formal no Brasil e no Estado de São Paulo surpreendeu negativamente em 12 meses, diante do fechamento de postos de trabalho. Entre janeiro de 2016 e 2017, foram fechados 1,28 milhão de empregos formais. Em 2016, foi 1,32 milhão de vagas a menos. O Estado de São Paulo registrou índice negativo de 402 mil vagas.
Na contramão deste comportamento, os supermercados no Estado de São Paulo abriram de 4.817 vagas. No total, ao longo de 2016, foram 217.184 admissões ante 212.367 demissões.
Os estabelecimentos totalizam, até janeiro de 2017, 518.229 colaboradores empregados. Os dados são referentes aos comércios varejistas listados pelo CAGED (Cadastro Geral De Empregados E Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego, entre os Supermercados, Hipermercados, Atacados de produtos de alimentos e bebidas, Minimercados, Mercearias, Armazéns e comércio de hortifrutigranjeiros.
A geração de empregos está diretamente relacionada às particularidades do setor de supermercados, ou seja, uma atividade de primeira necessidade que atende o abastecimento de alimentos das famílias brasileiras. Diante disso, há um comportamento diferente durante uma crise econômica. Enquanto o PIB apontou retração de 3,6% em 2016, o setor supermercadista no Estado de São Paulo caiu 2,73% nas vendas. Assim, o desempenho dos supermercados foi relativamente melhor se comparado à atividade econômica brasileira de modo geral.
Segundo Rodrigo Mariano, gerente de Economia e Pesquisa da APAS, o setor supermercadista possui demanda elevada por mão-de-obra, principalmente de colaboradores qualificados. Há algumas áreas que são mais carentes, tais como as operacionais (açougue, padaria, entre outras). De todo modo, mesmo com a carência de mão-de-obra qualificada o setor vem contratando em patamar superior a outras atividades econômicas.
O economista ainda explicou que a rotatividade no setor ainda é alta e requer atenção no que diz respeito à contratação e retenção de talentos, o que explica o crescente investimento em treinamentos e desenvolvimento dos colaboradores. E um destes reflexos é a alta demanda pelos cursos da Escola APAS, que atua na capacitação gratuita dos colaboradores dos supermercados associados à entidade.
“As contratações só não serão maiores, diante da crise econômica atual, com reflexos no emprego e na renda da população, que reduz o poder de compra do consumidor e impacta diretamente nas vendas do comércio como um todo. Isso não é diferente para os supermercados, que apresentaram desaceleração nas vendas no ano anterior”, finalizou.
Sobre a APAS
A Associação Paulista de Supermercados representa o setor supermercadista no Estado de São Paulo e busca integrar toda a cadeia de abastecimento. A entidade tem 1.387 associados, que somam mais de 3.133 lojas.
Sobre a APAS Regional Araçatuba
Em 2016, a região de Araçatuba foi responsável por 1,3% do faturamento do setor supermercadista no estado, o que equivale a aproximadamente R$ 1,3 bilhões. Aqui, o setor emprega, aproximadamente, 7 mil colaboradores. E assim, o setor desponta como uma das principais atividades do comércio e do PIB da região. Só na cidade de Araçatuba o setor de supermercados faturou no ano passado R$ 410 milhões, o que equivale a cerca de 30% da região e 0,4% do faturamento de todo o estado de São Paulo.