Incentivo à produção de leite também ganhará importante projeção com o Programa Paulista da Agricultura de Interesse Social (Ppais Leite), desenvolvido em parceria com a Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo
A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo intensificará em 40% a produtividade de leite em São Paulo e propõe, para os próximos 10 anos, ampliar a produção anual de 1,7 bilhão para 2,5 bilhões litros do alimento. O Plano de Desenvolvimento da Bovinocultura de Leite Paulista foi apresentado pela Comissão Técnica de Bovinocultura, da Pasta, durante o II Workshop Programa Mais Leite Saudável, realizado pelo Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados no Estado de São Paulo (Sindleite), no dia 23 de março, com a presença do secretário Arnaldo Jardim.
De acordo com o agente agropecuário do Escritório de Desenvolvimento Rural (EDR) de Catanduva e membro da Comissão, Carlos Pagani Neto, a meta de crescimento é importante para devolver ao Estado o protagonismo na produção leiteira. “O Plano prevê que as instituições se organizem para fazer parcerias com laticínios, cooperativas, empresas do setor, para que a atividade cresça de maneira constante”, explicou Pagani em palestra no evento.
Para Arnaldo Jardim, é fundamental que haja articulação e integração das ações existentes, para que ganhem escala e melhor sintonia. “Queremos ser partícipes de uma boa causa, melhorando a qualidade do leite e a remuneração dos produtores. Os desafios são evidentes, pois somos um Estado importador de leite, assim como o Brasil também importa. Mas com uma política adequada, o talento e a vontade de empreender dos produtores, podemos suprir o mercado de forma eficiente”, afirmou o titular da Pasta.
De acordo com o secretário, o incentivo à produção de leite também ganhará importante projeção com o Programa Paulista da Agricultura de Interesse Social (Ppais Leite), desenvolvido em parceria com a Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo “José Gomes da Silva” (Itesp), que prevê a compra de leite de agricultores familiares para fornecimento às instituições penitenciárias, de saúde e de educação. “O governador Geraldo Alckmin, que se preocupa com o fortalecimento da cadeia de leite paulista, decidiu incluir o leite neste programa, um estímulo a mais para os produtores”, afirmou.
O evento, que reuniu representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Pasta Estadual, orientou representantes dos laticínios sobre diversos aspectos do Programa Mais Leite Saudável, do governo federal, que permite à pessoa jurídica beneficiária a apuração de créditos presumidos da Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).
De acordo com o superintendente federal do Mapa em São Paulo, Francisco Ferreira Jardim, a parceria com o governo paulista é estratégica para melhorar a qualidade da produção. “Estamos montando uma parceria com a Secretaria paulista para que, por meio de programas como o Cati Leite, o setor produtivo possa utilizar este recurso para melhorar a qualidade do leite”, disse, informando que o projeto poderá se reverter em cerca de R$ 5,5 milhões para que o produtor possa investir na melhoria de sua produção.
Também participaram do workshop o titular da Cati, João Brunelli Junior; o dirigente da Assessoria Técnica, José Luiz Fontes; a diretora do Instituto de Zootecnia (IZ), Renata Branco Arnandes; a pesquisadora do Instituto Biológico (IB) Maristela Pituco; o diretor do Escritório de Desenvolvimento Rural (EDR) de General Salgado, Sidney Ezídio Martins; e a assessora de Cadeias Produtivas da Cati Marianne de Oliveira Silveira.