No Brasil, a luta contra a discriminação racial começou a se intensificar após a Constituição Federal de 1988, que incluía o crime de racismo como inafiançável e imprescritível
Para marcar o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, a Secretaria de Direitos Humanos e Promoção à Cidadania do Governo de Andradina realizou um dia de debates e rodas de capoeira, na terça-feira (21).
A prefeita Tamiko Inoue acompanhou a roda de capoeira que foi realizada na praça do Stella Maris e destacou a importância do debate da questão racial. “Além de apontar os novos desafios, a data é uma oportunidade para comemorar tudo que já foi alcançado”, comentou Tamiko.
A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em referência ao Massacre de Sharpeville. “Esta é uma importante comemoração que reforça a luta contra o preconceito racial em todas as partes do mundo”, explicou a secretária da pasta, Paola Kotaki.
No Brasil, a luta contra a discriminação racial começou a se intensificar após a Constituição Federal de 1988, que incluía o crime de racismo como inafiançável e imprescritível.
Também participaram da ação a coordenadora de Igualdade Racial, Marinalva Pereira, a coordenadora de políticas para Mulheres, Fatima Calister, a coordenadora de Políticas dos Idosos, Mirtes Kobayashi, representando a Secretaria de Políticas Sobre Drogas, o servidor, Valdir Benedito, o assessor Chesman Ouro e o professor de Capoeira, Wellington Egídio Soares.
Sharpeville
Em 21 de março de 1960, em Joanesburgo, na África do Sul, 20.000 pessoas faziam um protesto contra a Lei do Passe, que obrigava a população negra a portar um cartão que continha os locais onde era permitida sua circulação. Porém, mesmo tratando-se de uma manifestação pacífica, a polícia do regime de apartheid abriu fogo sobre a multidão desarmada resultando em 69 mortos e 186 feridos.
A partir de 1966, em memória a este massacre a Organização das Nações Unidas – ONU – instituiu 21 de março o dia Internacional de Luta contra a Discriminação Racial.