O furto de uma bicicleta adaptada avaliada em R$ 8 mil mobiliza internautas da região. A bike do paratleta Gustavo Midorikawa, de 27 anos, foi furtada na quarta-feira (1°) na região central de São José dos Campos. Desde então, internautas se mobilizam em busca de informações sobre a bike. Pelo facebook, até a Polícia Civil se mobilizou para que denunciem o autor do crime ou que devolvam o equipamento ao dono de forma anônima.
No carnaval, Gustavo participou de uma competição e foi com a bicicleta na terça-feira (28) para o trabalho. Ele deixou a bike guardada no escritório, que fica na Rubião Júnior, no centro, e na quarta-feira quando voltou para pegar o equipamento percebeu o crime.
A bicicleta é adaptada para ele, que teve o braço esquerdo amputado. Todo o sistema de freios e marchas tem engenharia para ser acionado apenas de um lado. Com o equipamento, ele já ganhou títulos nacionais, como o Big Biker Brasil. A nova edição da competição acontece neste domingo (12) e Gustavo participaria.
“É uma bicicleta adaptada e tem alto investimento. Eu consegui por patrocínio e teria que devolver esse valor, coisa que eu não tenho como fazer. Ela foi feita sob medida para mim, não tem serventia para outra pessoa, como tem para mim. É difícil de usar para qualquer outra pessoa, então peço, por favor, que devolvam meu equipamento”, diz.
O caso foi registrado pela polícia e a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) tem mobilizado o apelo nas redes sociais e feito buscas pelo equipamento. A equipe da delegacia informou que chegou a receber uma denúncia anônima na noite desta quarta-feira (1º) apontando que a bicicleta estaria no Campos dos Alemães, mas nada foi encontrado.
O atleta trabalha com manutenção de impressoras e perdeu o braço depois de um acidente de carro no Bosque dos Eucaliptos, em São José dos Campos, em 2015. Ele voltava para casa, quando perdeu o controle da direção e capotou. No acidente, teve lesões graves no braço que levaram a amputação. À época, ele já gostava do esporte, mas não praticava profissionalmente.
“Depois do acidente eu levei o esporte a sério e me empenho nisso. Faço treinos pesados, estou sempre nas competições e já trouxe títulos para a região. Só que eu dependo deste equipamento para me preparar para a temporada. Ele foi montado com patrocínio, não tenho como empenhar esse valor para me manter na competição”, comenta.
Caso a bicicleta não seja encontrada a tempo da competição, Gustavo depende que outro paratleta empreste o equipamento.