Juntos, todos precisarão passar por aulas complementares e conhecer a vivência do Sistema Único de Saúde (SUS) pelo período de um ano
Nesta semana, cerca de 20 médicos brasileiros que concluíram o curso de Medicina no exterior chegaram à Penápolis para efetuar um complemento curricular, ou seja, uma etapa do processo de revalidação do diploma. Para as próximas semanas está prevista a chegada de outros 20 profissionais recém-formados. Juntos, todos precisarão passar por aulas complementares e conhecer a vivência do Sistema Único de Saúde (SUS) pelo período de um ano.
Durante o estágio os profissionais vão residir em Penápolis e a complementação do currículo se dará junto à Santa Casa de Misericórdia da cidade, onde receberão as aulas e serão acompanhados pelo corpo clínico e a administração do hospital.
Nesta terça-feira (28), os médicos que já chegaram à cidade tiveram uma recepção/aula inaugural no Centro de Educação Permanente Waldir Ruffato Pereira. Na ocasião receberam as boas vindas dos médicos Ronny Sumer (diretor técnico), Luiz Washington Bozzo Nascimento Filho (vice-diretor técnico) e Frediane Rezende Batista (vice-diretor clínico), além da superintendente da Santa Casa, Renata CristinaVidal, o secretário municipal de Saúde, Luiz Fernando do Souto Fink, e o prefeito municipal Rubens Bertolini.
Segundo explicou o diretor técnico da Santa Casa, o médico Ronny Sumer, os médicos que estão passando por essa complementação curricular não poderão atender a população, nem prescrever, entretanto poderão auxiliar o corpo clínico nos procedimentos, de forma supervisionada.
“São médicos de fato, formados, mas ainda não têm a atividade reconhecida pela legislação do Brasil. Por isso passarão por este processo durante um ano, para enfim, solicitarem os seus registros no órgão competente e conquistarem o direito de clinicar”, esclareceu Sumer.
Os citados profissionais que chegaram a Penápolis são quase na totalidade oriundos do Estado do Acre. Também existem médicos do Estado de Roraima, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Eles frequentaram universidades em outros países da América Latina, e assim como outros profissionais que estão passando por igual processo em hospitais da região, foram encaminhados por meio da Universidade Brasil (campus de Fernandópolis). A universidade repassa à Santa Casa um recurso de R$ 60 mil mensais; esse valor é dividido entre os médicos que os acompanharão e a Santa Casa.
O processo de revalidação foi criado pelo Governo Federal, através dos ministérios da Educação e da Saúde, para reconhecimento de diplomas de medicina emitidos por instituições de ensino estrangeiras. Somente depois disso o estudante formado no exterior poderá solicitar ao conselho regional de medicina a autorização para trabalhar.