O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) desacelerou a alta a 0,06 por cento em fevereiro, após 0,43 por cento no mês anterior, com recuo nos preços no atacado e menor pressão ao consumidor, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira.
O resultado ficou praticamente em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,05 por cento.
Os dados da FGV mostraram que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) recuou 0,12 por cento em fevereiro, contra avanço de 0,34 por cento no primeiro mês do ano. O índice responde por 60 por cento do IGP-DI.
Os Bens Intermediários no IPA avançaram 0,21 por cento, ante alta de 1,47 por cento em janeiro, com destaque para a queda nos preços de combustíveis e lubrificantes para a produção.
Por sua vez, as Matérias-Primas Brutas apresentaram queda de 0,51 por cento, enquanto os Bens Finais recuaram 0,10 por cento.
Já os preços ao consumidor apresentaram menor pressão, com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) desacelerando a alta a 0,31 por cento, de 0,69 por cento antes. O IPC-DI mede a evolução dos preços às famílias com renda entre um e 33 salários mínimos mensais e corresponde a 30 por cento do IGP-DI.
O destaque no IPC veio do grupo Educação, Leitura e Recreação, que desacelerou a alta a 0,68 por cento, ante avanço de 4,15 por cento em janeiro.
O grupo alimentação também contribuiu para o resultado ao recuar 0,16 por cento, contra alta de 0,39 antes.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI), por sua vez, teve alta de 0,65 por cento, sobre 0,41 por cento em janeiro. O INCC representa 10 por cento do IGP-DI.
O IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. Também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral.