Enquanto diminuição passou de 6 pontos percentuais, teve hotel em Araçatuba que registrou bons resultados em 2016
No ano passado a ocupação nos hotéis do Brasil teve queda de 6,6 pontos percentuais em relação a 2015. Os dados são da empresa de consultoria STR Global, que trabalha em parceria com 550 hotéis no Brasil, e foram publicados na Revista Hotéis, publicação especializada do setor. Enquanto em 2015 a taxa de ocupação foi de 59,1%, em 2016 ficou em 52,5.
Para driblar a crise, houve gestor exercitando a criatividade. Em Araçatuba, o melhor exemplo é o Araçatuba Plaza Hotel, em que a taxa de ocupação em 2016 foi a maior nos últimos três anos. No ano passado, a taxa de ocupação fechou com uma alta de 9% em relação a 2015, que encerrou o ano com uma queda de 10% comparado com o ano 2014.
O gerente Aleílson Sales explica que, desde 2012, quando o hotel foi inaugurado, a taxa de ocupação manteve curva crescente nos dois anos seguintes. Mas, por causa da crise, houve uma queda significativa em 2015. “Passamos de reservas para duas a três diárias, para apenas uma diária. Notamos que o número de eventos e treinamentos realizados na cidade tiveram uma queda bastante significativa, o que acabou impactando o faturamento do hotel”, comenta Sales.
Para aumentar a demanda, o hotel passou a realizar promoções nos fins de semana. “Fizemos estudos, passamos a investir nos finais de semana. Com atitude e gestão dá certo“, afirma o gerente.
Economia estadual
No estado de São Paulo, o setor de serviços continua com dificuldades de retomar o rumo do crescimento e expansão. As retrações mais recentes, segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), foram vistas justamente nas atividades de turismo, hospedagem, eventos e assemelhados (-22,3%), outros serviços (-13,2%) e jurídicos, econômicos, técnico-administrativos (-10,9%), que em conjunto, impactaram negativamente com 4,5 p.p. para rebaixar o faturamento real do setor de serviços paulista em novembro.
Dados da Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS), apontam que pelo 16º mês consecutivo, o faturamento real do setor registrou queda na comparação interanual. Em novembro de 2016, as receitas do segmento atingiram R$ 21,3 bilhões, retração de 3,3% na comparação com o mesmo mês de 2015.
Apesar do baixo desempenho, a queda foi inferior ao encolhimento registrado em novembro de 2015, quando o faturamento real do setor de serviços caiu 8,9% em relação ao ano anterior. Mesmo assim, o resultado de novembro de 2016 foi o menor para um mês de novembro desde 2011, apontando que o setor já teve períodos mais prósperos e tem apresentado recuperação lenta. No acumulado de 12 meses, houve recuo de 3,7%.
Inflação e desemprego
De forma geral, 2016 não foi um bom ano do ponto de vista econômico para os brasileiros. A inflação oficial ficou em 6,29%, segundo o IBGE, o desemprego atingiu mais de 12 milhões de pessoas, sendo que a taxa de desocupação atingiu 11,9%, a maior da série histórica, houve queda do varejo restrito – que não inclui veículos automotores e materiais e construção –, superior a 6,0%, e recuo de 9,5% no varejo ampliado (que inclui veículos e material de construção) – os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).