Após quase quatro horas de trabalho, o tribunal do júri foi suspenso em Araçatuba por falha no sistema de gravação de som.
O julgamento começou às 9h e o adiamento foi informado por volta das 13h30, após funcionários constatarem que os depoimentos colhidos até aquele momento não havia sido registrado em áudio, o que é obrigatório.
Com a falha, o júri foi remarcado para 19 de abril. Estavam sendo julgados dois homens acusados de matar um adolescente que teria estuprado uma menina de 11 anos, em Araçatuba.
Os acusados, Michel Tomazoti Pimentel e Edilson Jesu da Silva foram levados de volta para penitenciárias do Estado, após o anúncio da suspensão do júri. Advogados e funcionários da Justiça lamentaram o incidente.
O CASO
De acordo com denúncia do Ministério Público Estadual, o crime ocorreu em meados de dezembro de 2007.
Consta nos autos do processo que o adolescente foi julgado e condenado pelo tribunal do PCC (Primeiro Comando da Capital), após ter abusado de uma criança de 11 anos, filha de um presidiário.
Conforme o MP, após deliberação do crime organizado, algumas pessoas, entre elas Michel e Edilson, sequestraram o adolescente Kaique Valdir Silva Senger e outro menor, que não mais foi encontrado.
Os adolescentes foram levados para uma propriedade rural na estrada Jocelin Gottardi. Kaique foi assassinado e teve o corpo jogado em um canavial. O cadáver foi encontrado meses depois.
O outro adolescente não foi mais visto. Conforme a denúncia do MP, uma testemunha protegida relatou acreditar que ele teria sido liberado pelos denunciados e pelos demais envolvidos e se mudado com a família para São Paulo, estando em endereço ignorado.
Os advogados de defesa alegam que seus clientes não têm participação no crime e que a inocência será provada no julgamento.
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