Relatos de preconceito estão nas redes sociais, em páginas de grupos fechados para alunos e ex-alunos de uma das faculdades particulares mais reconhecidas do país
Desde que uma estudante negra da FGV, a Fundação Getúlio Vargas, denunciou ter sido vítima de racismo em evento esportivo que recepciona os calouros da instituição, outras denúncias de racismo e assédio começaram a aparecer envolvendo alunos e professores.
Os relatos de preconceito estão nas redes sociais, em páginas de grupos fechados para alunos e ex-alunos de uma das faculdades particulares mais reconhecidas do país. Alunas denunciam professores que fizeram apologia ao estupro ou se referiam a mulheres negras de forma pejorativa, além de casos de assédio de alunos contra estudantes da FGV e de outras faculdades.
Segundo o Diretório Acadêmico, até agora, foram formalizadas cinco denúncias. Para Renato Greco, diretora de responsabilidade social do diretório, esses casos não são novidade.
O estopim das denúncias foi o caso da estudante de 17 anos que participava de um jogo de vôlei entre as calouras do curso de economia e de administração pública, ouviu um colega que estava na arquibancada gritar: negrinha aqui, não. A estudante é bolsista do curso de administração pública que cobra uma mensalidade de mais de R$ 4 mil. A estudante que prefere se manter no anonimato e não quer dar entrevistas.
Em nota, a Fundação Getúlio Vargas diz que sempre repudiou toda a forma de discriminação e preconceito e que nenhuma denúncia formal foi levada a efeito junto à direção da instituição acerca das supostas ocorrências mencionadas nas redes sociais. Segundo a nota, essas ocorrências serão apuradas tão logo sejam formalizadas.