A redução do endividamento do setor privado está diretamente atrelada à redução do crescimento. Um relatório feito pelo Departamento de Pesquisa e Estudos Econômicos do Bradesco avaliou o processo de diminuição do endividamento do setor privado em 20 países.
Resultado do estudo mostrou que a redução da dívida coincidiu com uma forte queda no volume de investimentos e no Produto Interno Bruto (PIB).
No Brasil, os primeiros sinais de redução do endividamento já apareceram. Entre 2015 e 2016, a dívida do setor privado (não financeiro) caiu de 75,4% para 70,1% do PIB. Usando os parâmetros dos demais países, se continuar nesse ritmo, durante três anos, o país cresceria 1,9 ponto porcentual abaixo da média do período de crescimento econômico e expansão do crédito.
Ou seja, o avanço do PIB passaria de uma média de 3,8% para algo em torno de 1,9%. Segundo a economista Daniela Cunha de Lima, responsável pelo relatório, um dos pontos que ajudaram os demais países que passaram por períodos de redução do endividamento foi o corte nos juros. “Nos locais onde houve a flexibilização da política monetária, o crescimento do PIB não foi tão afetado.”
(Com Estadão Conteúdo)