Amamentar é um ato de amor, e doar o leite que sobra é uma forma de compartilhar e multiplicar esse sentimento.
O melhor é que essa atitude solidária pode ser mais simples do que se imagina.
Toda mulher que alimenta seu filho exclusivamente com leite materno e, mesmo assim, tem sobra, pode ser uma doadora. Basta ser saudável e não fazer uso de qualquer tipo de medicamento.
O Estado de São Paulo conta com mais de 50 bancos de leite. As interessadas em doar devem preencher um cadastro e apresentar exames laboratoriais de sorologia dos últimos seis meses.
Normalmente, os bancos de leite oferecem serviços de busca em domicílio e também costumam disponibilizar um kit (com gorro, máscara e frascos de armazenamento) para garantir a qualidade do alimento doado.
O leite materno é fundamental para que crianças prematuras se desenvolvam e ganhem resistência a doenças.
O alimento é considerado ideal por ter a qualidade e a concentração adequadas de nutrientes para os recém-nascidos.
Para as mulheres, a doação de leite evita o empedramento das mamas. Normalmente, as mães dos bebês internados não conseguem produzir leite em quantidade suficiente pela falta de estímulo, pois o bebê não tem condições de sugar. E também por fatores emocionais, já que seus filhos estão internados.
Como funciona a doação
O ideal é que o leite seja coletado de forma manual e armazenado em um frasco de vidro com tampa plástica. É preciso ainda se atentar às questões de higiene durante todo o processo (veja aqui o passo a passo). E em casos de congelamento, o prazo máximo é de 15 dias.
No Banco de Leite, a doação passa por um processo de seleção, classificação e pasteurização para, posteriormente, ser distribuída com qualidade aos bebês internados em unidades neonatais.