A Justiça converteu de temporária a preventiva a prisão das 36 pessoas presas na Operação Ethos, da Polícia Civil e Ministério Público de São Paulo (MP-SP), que investiga o envolvimento de advogados com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
A decisão atendeu a pedido da Polícia Civil, protocolado nesta quinta-feira (1). A prisão temporária por cinco dias, que já havia sido renovada uma vez, venceria na noite desta quinta-feira.
Entre os presos, 34 são advogados, sendo cinco da região de Araçatuba: quatro de Birigui e uma de Mirandópolis.
Capturados em suas residências na manhã de terça-feira (22), os advogados foram encaminhados para presídeos espalhados pelo Estado de São Paulo. Há ainda outros cinco advogados considerados foragidos.
Uma força-tarefa do MP e da Polícia Civil analisa os documentos e conteúdo de computadores apreendidos durante a operação.
Um dos suspeitos presos, o ex vice-presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), Luiz Carlos dos Santos, já foi ouvido e confessou que recebia uma mensalidade do PCC para executar serviços encomendados pela facção.
Ele também era pago para organizar a fiscalização que verificava as condições dos presídios paulistas. Ele disse ter sido cooptado pelos advogados de Birigui, os irmãos Vanila e Davi Gonçales.
Os advogados de Birigui, por sua vez, contestaram ao RegionalPress, por meio da defesa, as afirmações de Santos.
Informações de bastidores dão conta de que Luiz Carlos dos Santos faria delação premiada em troca de redução de pena e brevidade na concessão de liberdade provisória.
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http://rp10.com.br/2016/11/28/advogados-de-birigui-contestam-depoimento-de-ex-membro-do-condepe/