O que um cachorro está fazendo dentro de um hospital? Calma. Ele está ajudando no tratamento de pacientes do Hospital Neurológico Ritinha Prates (HNRP), de Araçatuba. Logan, um border collie de um ano e meio de idade, faz parte do projeto Pet Terapia, da Associação de Proteção e Defesa dos Animais (APDA). Pacientes e animal encontraram-se no salão de eventos da Associação de Amparo ao Excepcional Ritinha Prates (AAERP), onde passaram cerca de duas horas curtindo momentos alegres e descontraídos.
No caso dos pacientes do Ritinha Prestes, a Pet Terapia tem a finalidade estabelecer momentos alegres e descontraídos, diminuir o nível de estresse, estimular o desenvolvimento afetivo, melhorar a capacidade motora, melhorar a autoconfiança, estimular a memória e ter efeito calmante e antidepressivo. Segundo o presidente da APDA, Rosaldo de Oliveira, o projeto Pet Terapia é executado pela associação há cerca de um ano, e essa foi a primeira vez que Logan visitou uma instituição que oferece tratamento a pessoas com deficiências neurológicas.
“Neste ano, vínhamos trabalhando com idosos e decidimos ampliar as visitas para outros pacientes. O Logan é o primeiro animal da associação preparado para essa ação, mas outros cinco cães estão sendo treinados. A ideia é expandir o projeto. Na interação homem-animal há uma troca de energia muito positiva”, finaliza Rosaldo.
A Pet Terapia proporciona também bem-estar e crescimento do ser humano, por meio das interações entre homem e animal e constantes inovações nos atendimentos de reabilitação física e saúde mental. É indicada para crianças, jovens, adultos e idosos, pessoas com deficiência visual e auditiva, Síndrome de Down, deficiência mental, psicoses, autismo, depressão, estresse, distúrbios e dificuldades de aprendizagem, entre outros.
A psicóloga do hospital, Rafaela Bocchio, explica que atividades como a Pet Terapia são sempre bem-vindas, pois somam-se às ações do Grupo de Tratamento Humanizado (GTH) para quebrar a rotina do tratamento e trazer um pouco de descontração à vida dos pacientes. “Aqui (no Hospital Ritinha Prates), nós levamos os pacientes ao shopping, à feira livre, e até ao gabinete do Prefeito. Eles adoram e percebemos uma sensível animação deles”.
Bengalas
Paralelamente à Pet Terapia, também na quinta-feira, cinco bengalas articuladas para pacientes com deficiência visual foram entregues pelo Centro Especializado em Reabilitação III – Ritinha Prates (CER III Ritinha Prates). A ação faz parte da política da entidade de fornecer equipamentos a pacientes com problemas permanentes, e os recursos para a aquisição são provenientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
Para a aposentada Maria Alves de Oliveira Negocia, de 68 anos, e que tem a visão comprometida por causa de glaucoma, a bengala é muito bem-vindo. “Não tenho bengala e um dia desses machuquei o pé quando chutei um móvel na minha casa. Agora isso não vai ocorrer mais”, revelou. Outras três bengalas serão entregues nos próximos dias. Em outras ocasiões, já foram repassadas a pacientes cadeiras de rodas, órteses e bengalas de quatro pontas.
A Entidade
Sem fins lucrativos, a Associação de Amparo do Excepcional Ritinha Prates (AAERP) existe há 39 anos trabalha na área da saúde e inclusão social, por meio do Hospital Neurológico Ritinha Prates (HNRP), com a prestação de serviços especializados a pessoas com deficiências neurológicas e auditivas. O HNRP atende atualmente 60 pacientes internos com deficiências neurológicas severas. A entidade também é a mantenedora do Centro Especializado em Reabilitação III – Ritinha Prates (CER III Ritinha Prates). Entre os seus valores está o tratamento humanizado, além do respeito a conceitos éticos, morais, ambientais e filantrópicos.