O professor de 44 anos acusado de abusar, em maio do ano passado, de uma aluna de 12 anos, está sendo procurado pela polícia desde a semana passada, quando o Tribuna de Justiça reformou a sentença da justiça local e condenou o réu a nove anos e sete meses de prisão em regime fechado.
De acordo com o pai da vítima, um estudante de direito que deixou uma câmara escondida em sua casa e gravou o abuso durante uma das aulas particulares que o professor deu a sua filha, na semana passada, quando saiu a sentença do TJ, a polícia foi até a casa e o trabalho do acusado, mas ele não foi encontrado.
O pai acompanhou de perto todas as etapas do processo. Ele disse que o acusado é funcionário público e nas horas de folga dava aulas particulares de matemática. Na época do abuso, ele começou a desconfiar porque toda vez que acabava a aula particular, sua filha demonstrava nervosismo e ansiedade.
Depois de descobrir que o professor tentava beijá-la e acariciava suas pernas, o pai decidiu instalar uma câmara escondida. Quando flagrou o crime ele chamou a polícia. O professor foi preso em flagrante.
No julgamento de primeira instância, a juíza Camila Paiva Portero entendeu que não havia ocorrido crime e enquadrou o caso na lei de contravenções penais, condenando o professor a 21 dias de prisão em regime aberto e convertendo a pena em prestação de serviço à comunidade.
No entanto, o Ministério Público recorreu da decisão e na semana passada a 13ª Câmara de Direito Penal reformou a sentença condenando o professor aos nove anos de prisão. O presidente da Câmara é o desembargador Moreira da Silva, o relator, Cardoso Perpétuo. A decisão teve ainda participação do terceiro desembargador, Augusto de Siqueira.
O pai da vítima disse que a condenação foi justa, e que agora só falta encontrar o sentenciado.