Três integrantes da quadrilha que desviava o medicamento Hormotrop (Somatropina) de farmácias públicas do estado de São Paulo foram condenados pela Justiça de Sorocaba. A substância retirada por eles, indicada para o tratamento de crianças com problemas de crescimento em virtude de deficiência hormonal, estaria sendo utilizada como anabolizante em academias.
Foram condenados por estelionato e associação criminosa Carlos Alberto Garcia e Cristina Regina da Silva à pena de sete anos de reclusão em regime semiaberto e Paulo Sérgio Escoalheira Júnior à pena de oito anos e dois meses em regime fechado. Escoalheira é egresso do sistema prisional.
Além de Sorocaba, a quadrilha agia em Bauru, Campinas, Franco da Rocha, Marília, Mogi das Cruzes, São Paulo, Osasco, Santos e Taubaté.
A investigação
Os levantamentos preliminares apontaram algumas divergências nas documentações apresentadas para a obtenção do remédio, fato que chamou a atenção dos farmacêuticos da rede integrada de farmácias do Governo do Estado de São Paulo, unidade de Sorocaba.
Entre as divergências relevantes estavam resultados de exames idênticos para diferentes pacientes; boletim de ocorrência da médica prescritora, indicando não reconhecer as assinaturas nos documentos apresentados; prescrições médicas de estabelecimentos de saúde diversos, mas com as mesmas características de redação e indicação farmacológica; mesma forma de preenchimento de formulários internos da administração e suspeitas de falsificação de papéis timbrados de laboratórios de análises.
As informações são da Corregedoria Geral da Administração.